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Para Lula, “guerra comercial” com os EUA começará só quando ele responder a Trump

Publicado 22/07/2025 • 06:37 | Atualizado há 7 horas

Agência DC News

KEY POINTS

  • Lula declarou que uma guerra tarifária com os EUA começará "na hora que eu der resposta ao Trump", caso não haja mudança na postura americana. Criticou as condições impostas por Trump como inadequadas e destacou a ilegitimidade de interferir em decisões judiciais
  • O presidente brasileiro enfatizou que empresas de ambos os países sofreriam com o conflito, defendendo tratamento igualitário: "Todos serão tratados em igualdade de condições". Sugeriu que empresários brasileiros e americanos dialoguem para evitar escalada, enquanto revelou déficit comercial de US$ 400 bi em 15 anos com os EUA.
  • As declarações respondem à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Trump para 1º de agosto – justificada como retaliação à "perseguição judicial" a Bolsonaro. O governo dos EUA também abriu investigação contra práticas comerciais do Brasil e pressiona o STF para encerrar processos contra o ex-presidente, que cumpre medidas cautelares (tornozeleira eletrônica).

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula em anúncio do governo

A tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos ganhou novo capítulo após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na segunda-feira, 21, durante entrevista em Santiago, no Chile. 

Lula afirmou que uma guerra tarifária entre os dois países terá início no momento em que responder ao presidente norte-americano Donald Trump, caso não haja mudança de postura do governo dos EUA.

Lula participou do encontro de líderes denominado “Democracia Sempre”, que reuniu também presidentes do Uruguai, Colômbia e Espanha.

Ao comentar sobre as recentes medidas dos Estados Unidos, o presidente brasileiro destacou que ainda não há um conflito tarifário, mas advertiu: “Guerra tarifária vai começar na hora que eu der resposta ao Trump, se não mudar de opinião. Porque as condições que o Trump impôs não foram as condições adequadas. Ninguém pode, sabe, ameaçar um partido com uma decisão judicial. Quem sou eu para tomar a decisão diante da Suprema Corte?”, afirmou Lula, conforme Safras News.

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Diálogo e impactos econômicos

Segundo Lula, além dos esforços de ministros brasileiros para solucionar o impasse, é essencial que os empresários dialoguem com suas contrapartes norte-americanas, pois ambos os lados seriam prejudicados por um agravamento da disputa. 

O presidente reforçou ainda que “vamos fazer respeitar as leis para as empresas brasileiras e para as empresas americanas, não tem essa de um poder ser punido e outro não. Todos serão tratados em igualdade de condições”, declarou.

O presidente brasileiro também mencionou desconhecimento de Trump sobre os números do comércio bilateral. Destacou que, nos últimos 15 anos, o Brasil acumulou déficit de US$ 400 bilhões e que a relação entre os países é marcada por forte diplomacia. Lula também respondeu críticas de que seria ‘radical’ e citou relações positivas com ex-presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Joe Biden. 

“Se ele quiser, a nossa relação será a melhor possível. Acontece que dois chefes de Estado precisam conversar. Não acho errado ele defender os interesses dos Estados Unidos, mas eu também defendo os interesses do Brasil”, explicou Lula.

Medidas dos Estados Unidos e reações no Brasil

Na semana anterior, o presidente Donald Trump (Partido Republicano-EUA) anunciou que, a partir de 1º de agosto, produtos brasileiros seriam submetidos à tarifa de 50%. 

Segundo ele, a decisão seria uma retaliação à suposta perseguição judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 Além disso, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA abriu investigação sobre possíveis práticas desleais do Brasil no comércio bilateral.

O governo norte-americano tem intensificado pressões para que o Supremo Tribunal Federal encerre processos contra Jair Bolsonaro (PL). 

Apesar dessas investidas, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou medidas cautelares contra o ex-presidente, que desde sexta-feira, 18, permanece sob monitoramento por tornozeleira eletrônica.

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