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Pequenos provedores de internet são responsáveis por 46% da receita do setor, diz Anatel

Publicado 27/02/2025 • 17:30 | Atualizado há 3 meses

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Os pequenos provedores de internet estão ganhando cada vez mais espaço no mercado de banda larga fixa no Brasil.
  • De acordo com um relatório divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as chamadas Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) já são responsáveis por 46% da receita total do setor e 64% dos investimentos em infraestrutura.
  • O estudo aponta ainda que o tráfego de dados gerado por essas empresas já representa quase metade do consumo total do país, reforçando sua importância na expansão do acesso à internet, principalmente em áreas mais afastadas dos grandes centros.
Anatel.

Pixabay.

Os pequenos provedores de internet estão ganhando mais espaço no mercado de banda larga fixa no Brasil. De acordo com um relatório divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as chamadas Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) já são responsáveis por 46% da receita total do setor e 64% dos investimentos em infraestrutura.

O estudo aponta ainda que o tráfego de dados gerado por essas empresas já representa quase metade do consumo total do país, reforçando sua importância na expansão do acesso à internet, principalmente em áreas mais afastadas dos grandes centros.

Segundo o levantamento, o crescimento das PPPs tem sido impulsionado pela demanda por conectividade, pelo avanço da digitalização da economia e pelas medidas regulatórias da Anatel, que estimularam a concorrência.

Nos últimos anos, o setor viu uma explosão de novos provedores regionais, que passaram a oferecer banda larga em locais onde as grandes operadoras não chegam. Esse fenômeno tem sido particularmente forte em estados do Nordeste, como Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Piauí, onde as PPPs dominam entre 70% e 80% da receita total do serviço.

Investimentos superam os das grandes operadoras

Ainda segundo o relatório, as PPPs investem mais do que as grandes operadoras. Entre 2023 e 2024, as pequenas prestadoras aplicaram R$ 18 bilhões em infraestrutura de rede, enquanto as quatro principais operadoras do país – Vivo, Oi, Claro e TIM – investiram cerca de R$ 10,2 bilhões no mesmo período.

A explicação para essa diferença está na forma como cada grupo opera. Enquanto as grandes operadoras já contam com uma infraestrutura consolidada, muitas PPPs precisam construir suas redes do zero, o que exige mais investimentos.

Além disso, a maior parte dos provedores regionais utiliza fibra óptica, tecnologia que oferece maior qualidade e velocidade de conexão, mas que demanda altos custos iniciais de implementação.

Destaques do relatório

  • 46% da receita da banda larga fixa vem das PPPs;
  • PPPs investiram R$ 18 bilhões em infraestrutura entre 2023 e 2024;
  • Pequenos provedores dominam até 80% do mercado em alguns estados do Nordeste;
  • Tráfego de dados das PPPs já equivale a 46% do total do país.

Desafios e perspectivas

Apesar do avanço das PPPs, o estudo da Anatel também aponta desafios para o setor. Um dos principais é a qualidade dos dados reportados pelas empresas, que ainda apresenta falhas e inconsistências. Muitas prestadoras subnotificam o número de acessos ou informam dados incorretos sobre tráfego e investimentos, o que exige um trabalho constante de curadoria por parte da agência reguladora.

Outro obstáculo é a sustentabilidade financeira dessas empresas. Apesar do crescimento na receita, a Receita Média por Usuário (ARPU) das PPPs ainda é inferior à das grandes operadoras, o que pode impactar a rentabilidade do setor no longo prazo.

Mesmo assim, o futuro parece promissor para os pequenos provedores. Com a crescente digitalização da economia e a necessidade de expansão da internet para regiões remotas, as PPPs devem continuar ganhando espaço no mercado brasileiro. Para especialistas, o avanço dessas empresas é fundamental para reduzir desigualdades no acesso à internet e tornar o setor de telecomunicações mais competitivo.

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