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Perspectiva de encontro entre Lula e Trump anima mercado e pode destravar impasses comerciais

Publicado 23/09/2025 • 21:24 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Felipe Corleta, sócio da Brasil Wealth, vê aceno diplomático como alívio à tensão Brasil-EUA.
  • Dólar cai no dia, mas movimento reflete fatores globais além da fala de Trump.
  • Ata do Copom reforça Selic alta, com risco de nova elevação diante da inflação.

A expectativa de um encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na próxima semana passou a ser o principal foco do mercado financeiro brasileiro. Para analistas, a possibilidade de diálogo direto representa uma inflexão diplomática relevante e pode abrir caminho para reduzir tensões em torno de tarifas e sanções impostas pelos Estados Unidos.

O sócio da Brazil Wealth, Felipe Corleta, destacou que até agora Trump rejeitava a ideia de uma reunião com Lula, e a mudança de postura trouxe alívio momentâneo à tensão comercial. Segundo ele, o resultado dependerá da habilidade do governo brasileiro em negociar com Washington, mas o movimento já ajudou a impulsionar a Bolsa a um novo recorde histórico.

Repercussão imediata no mercado

Corleta explicou que a fala de Trump coincidiu com um cenário já positivo, após a ata do Copom indicar cautela e reforçar a percepção de queda da inflação, o que favoreceu a redução dos juros futuros. A sinalização inesperada do republicano na ONU adicionou otimismo e ajudou a fortalecer o desempenho da Bolsa brasileira.

Apesar de Lula ter feito referências indiretas a Trump e ao ex-presidente Jair Bolsonaro em seu discurso, não houve elementos considerados provocações maiores. O impacto veio da fala do norte-americano, que afirmou ter tido uma “química” com Lula e sinalizou disposição para conversar.

Foto porMICHAEL M. SANTIAGO / GETTY IMAGES AMÉRICA DO NORTE / Getty Images via AFP
Queda do dólar reflete cenário global, não apenas aceno diplomático.

Dólar em queda e cenário global

O dólar também recuou no dia, mas Corleta ressaltou que o movimento foi global. Ele lembrou que dirigentes do Federal Reserve (Fed) discutem a possibilidade de alterar a meta de inflação dos EUA, hoje fixada em 2%, para um sistema de banda semelhante ao modelo brasileiro.

Essa discussão, somada às pressões sobre o petróleo devido à guerra na Ucrânia, enfraqueceu a moeda americana frente a diversas divisas, como o peso mexicano e moedas fortes. O analista frisou que a queda do dólar não pode ser atribuída apenas ao aceno diplomático entre Lula e Trump.

Trump, Ucrânia e imprevisibilidade dos mercados

Em nova publicação, Trump mudou seu discurso sobre a guerra na Ucrânia: antes favorável a concessões à Rússia, passou a defender que Kiev pode recuperar áreas ocupadas com apoio da União Europeia e da OTAN.

Corleta avaliou que a guinada impactou os preços do petróleo e aumentou a incerteza nos mercados. “O governo Trump é imprevisível e isso é muito ruim para os mercados. Você não saber o que o chefe de Estado vai fazer no dia de amanhã traz uma imprevisibilidade muito grande”, disse.

Papel da inteligência artificial no mercado americano

O analista também chamou atenção para o bom desempenho da Bolsa dos Estados Unidos, puxado quase exclusivamente por empresas de inteligência artificial. Ele citou o caso da Palantir, cuja ação saltou de US$ 6 para US$ 180 em 18 meses.

Segundo Corleta, setores tradicionais da economia não acompanham o mesmo ritmo. A valorização das empresas de IA trouxe fluxo de recursos para os EUA, mas não eliminou a fragilidade do dólar nem a incerteza dos investidores diante das posturas de Trump.

Ata do Copom e perspectiva da Selic

Sobre a ata do Copom, Corleta explicou que o documento reforçou a projeção de manutenção da Selic. Apesar de reconhecer melhora nas expectativas de inflação, o Banco Central sinalizou que os índices ainda estão acima da meta e que os juros precisarão permanecer elevados por mais tempo.

O analista destacou que a autoridade monetária deixou em aberto a possibilidade de nova alta caso a inflação volte a subir. Segundo ele, a confiança do mercado na política monetária será determinante para a convergência da inflação à meta de 3% em 2027.

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