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Pesquisas brasileiras avançam no diagnóstico de Alzheimer

Publicado 16/10/2025 • 09:31 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Cientistas brasileiros validam exame de sangue para detectar Alzheimer com 90% de precisão
  • Proteína p-tau217 se mostra principal biomarcador para diagnóstico precoce da doença
  • Meta é adaptar o teste para uso gratuito no Sistema Único de Saúde

© Louis Reed/ Unsplash

Pesquisas brasileiras avançam no diagnóstico de Alzheimer Foto: © Louis Reed/ Unsplash

Pesquisadores brasileiros deram um passo importante rumo à detecção precoce da doença de Alzheimer por meio de um simples exame de sangue. Estudos recentes confirmaram o bom desempenho da proteína p-tau217 como o biomarcador mais promissor para identificar a doença, com precisão acima de 90%, comparável ao exame de líquor — considerado o “padrão ouro” pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa, publicada na revista Molecular Psychiatry e apoiada pelo Instituto Serrapilheira, foi conduzida por Eduardo Zimmer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em colaboração com 23 pesquisadores, incluindo oito brasileiros. Outro grupo, formado por cientistas do Instituto D’Or e da UFRJ, chegou aos mesmos resultados, reforçando a robustez das conclusões.

“São duas regiões diferentes do país, com genética e características socioculturais distintas, e o exame funcionou muito bem”, disse Zimmer.

Diagnóstico mais acessível

Atualmente, o Alzheimer pode ser diagnosticado por meio de punção lombar (exame de líquor) ou tomografia, ambos procedimentos caros e de difícil acesso na rede pública. O novo teste de sangue tem potencial para simplificar e baratear o diagnóstico, tornando-o viável para o Sistema Único de Saúde (SUS).

“O desafio é garantir que o exame mantenha alto desempenho e estabelecer como será feita sua implementação em larga escala no SUS”, explicou Zimmer. O pesquisador prevê que os resultados definitivos sobre a aplicação clínica do exame estejam disponíveis em até dois anos.

Enquanto testes similares no exterior, como o americano PrecivityAD2, já são oferecidos no Brasil por até R$ 3,6 mil, a proposta dos cientistas brasileiros é desenvolver uma alternativa nacional e gratuita.

Fatores sociais e educação

O estudo também revelou que a baixa escolaridade é o principal fator de risco associado ao declínio cognitivo no Brasil, superando idade e sexo. “O cérebro exposto à educação formal cria mais conexões e se torna mais resistente ao envelhecimento”, explicou Zimmer, reforçando o papel da escolaridade na prevenção da doença.

Próximos passos

O grupo de pesquisa vai iniciar novos estudos com pessoas acima de 55 anos, faixa etária em que surgem os primeiros sinais biológicos do Alzheimer, antes dos sintomas clínicos. O objetivo é mapear casos na chamada fase pré-clínica, permitindo diagnóstico e intervenção precoces.

De acordo com a OMS, cerca de 57 milhões de pessoas no mundo vivem com algum tipo de demência, sendo 60% diagnosticadas com Alzheimer. No Brasil, o Relatório Nacional sobre Demência (2024) estima 1,8 milhão de casos, número que pode triplicar até 2050.

Os resultados brasileiros foram reforçados por uma revisão internacional publicada na Lancet Neurology em setembro, consolidando o avanço da ciência nacional na busca por soluções acessíveis para uma das doenças neurodegenerativas mais desafiadoras da atualidade.

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