Brasil diz aos EUA que tarifaço pode comprometer ‘gravemente’ relação comercial
Publicado 26/03/2025 • 18:37 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 26/03/2025 • 18:37 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Bandeira dos Estados Unidos.
Unsplash
O governo brasileiro alertou os Estados Unidos de que o tarifaço do presidente Donald Trump viola “compromissos no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC)” e pode comprometer “gravemente” a relação comercial entre os dois países.
A argumentação consta de um documento oficial elaborado pelo Itamaraty e protocolado no dia 11 de março junto ao USTR, órgão responsável pelo comércio americano, que abriu uma consulta pública sobre a política tarifária do governo Trump.
“O Brasil insta os Estados Unidos a priorizarem o diálogo e a cooperação em vez da imposição de restrições comerciais unilaterais, o que corre o risco de alimentar uma espiral descendente de medidas que poderiam comprometer gravemente a nossa relação comercial mutuamente benéfica”, diz o texto, ao qual o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC teve acesso
Sob Trump, os Estados Unidos passaram a aplicar uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio de todo o mundo, com impactos sobre a indústria siderúrgica brasileira, e promete uma nova rodada de tarifas no dia 2 de abril.
Sem ter adotado retaliações comerciais até o momento, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento para negociar o tarifaço com as autoridades americanas e tentar reduzir as alíquotas sobre o Brasil.
No documento enviado ao USTR, o Brasil diz entender o interesse dos Estados Unidos em “buscar relações comerciais justas, equilibradas e mutuamente benéficas”, mas alerta para os riscos das medidas adotadas.
“É importante sublinhar que a abordagem dos EUA à questão viola os seus compromissos legais no âmbito da Organização Mundial do Comércio, desfaz o equilíbrio alcançado em negociações passadas e é prejudicial para as suas relações económicas com parceiros de longa data, como o Brasil”, argumenta o Itamaraty.
O governo brasileiro ressalta que o fluxo comercial entre as partes é equilibrado, com superávit favorável aos Estados Unidos, e os principais produtos americanos – como petróleo, aeronaves e carvão – entram no País com imposto zero.
De acordo com o documento, o Brasil “reconhece os esforços” dos Estados Unidos para “promover o desenvolvimento industrial e empregos”. “No entanto, enfatizamos que a implementação de tais políticas deve aderir aos acordos existentes entre os nossos países”, alerta a gestão Lula.
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