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“O cobertor está curto e o governo vai ter que correr”, avalia analista sobre meta fiscal e IOF

Publicado 17/06/2025 • 11:08 | Atualizado há 6 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A Câmara dos Deputados aprovou na segunda-feira (16), por 346 votos a 97, o regime de urgência para o projeto que derruba o novo decreto do governo federal sobre o aumento do IOF. A decisão sinaliza dificuldades para o Executivo manter a proposta em tramitação.
  • Alison Correa, cofundador da Dom Investimentos, observou que a rejeição ao aumento do IOF já era esperada pelo mercado e entidades financeiras.

A Câmara dos Deputados aprovou na segunda-feira (16), por 346 votos a 97, o regime de urgência para o projeto que derruba o novo decreto do governo federal sobre o aumento do IOF. A decisão sinaliza dificuldades para o Executivo manter a proposta em tramitação.

“O cobertor está curto e o governo vai ter que correr para tentar arrumar receitas”, afirmou Alison Correa, cofundador da Dom Investimentos, em entrevista ao Real Time, do Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC. Segundo ele, o prazo para o fechamento das contas fiscais de 2024 está apertado e há poucas alternativas disponíveis.

IOF e articulação política

Correa observou que a rejeição ao aumento do IOF já era esperada pelo mercado e entidades financeiras. Segundo o analista, “o mercado reagiu mal” à proposta e diversas instituições, como a Febraban, alertaram sobre os impactos para quem precisa de crédito ou renegociação de dívidas.

Após reunião entre o governo e líderes do Congresso, havia expectativa de alternativas menos onerosas para a população, mas o acordo não avançou. “Está claro que não haverá vida fácil para a aprovação, não na ponta do IOF”, disse Correa.

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Opções para o ajuste fiscal

O governo busca formas de cumprir a meta de déficit zero e fechar um rombo estimado em R$ 40 bilhões até dezembro. Alison Correa avaliou que a administração federal utiliza os recursos disponíveis, citando a possibilidade de taxar aplicações em LCIs, LSAs e criptoativos. No entanto, segundo ele, falta um movimento na direção de cortar gastos públicos.

“Está muito claro, principalmente por parte dos parlamentares, que não vai ser aprovado se não vier um mix de medidas com corte de despesas”, afirmou o analista. Ele destacou ainda o impacto político do tema, com reflexos previstos para as eleições de 2026.

Cenário externo e mercado financeiro

Correa também comentou os efeitos do conflito entre Israel e Irã sobre o mercado brasileiro. Segundo ele, até o momento, os investidores não demonstraram preocupação significativa. “A maior preocupação seria se o Estreito de Hormuz fosse fechado. Fora isso, os mercados estão tranquilos”, relatou.

O analista explicou que, com o encerramento do semestre próximo, há tendência de alta na bolsa de valores devido a ajustes nas carteiras de investimentos e fechamento de performance para os gestores. “Se não tivermos nada mais agravante, a tendência para junho vai continuar sendo essa: bolsa para cima e dólar para baixo”, avaliou.

Para os próximos anos, Correa defende um pacote estruturado de arrecadação e corte de despesas para melhorar o ambiente fiscal. Ele lembrou que incertezas frequentes prejudicam a imagem do país e desestimulam investidores. “O que ninguém sabe é de onde o dinheiro vai vir”, disse.

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