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Nova fase de operação contra fraudes no INSS mira advogado celebridade e empresários suspeitos de fraude bilionária
Publicado 12/09/2025 • 09:18 | Atualizado há 1 hora
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Publicado 12/09/2025 • 09:18 | Atualizado há 1 hora
KEY POINTS
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (12) a Operação Cambota, desdobramento da Operação Sem Desconto, que apura o esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Entre outras coisas, a nova fase das ações mira um advogado e empresários suspeitos de fraudes milionárias. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, em São Paulo e no Distrito Federal.
A PF prendeu o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como o principal operador da fraude em benefícios previdenciários. Ele foi detido em Brasília, em uma ação conjunta de policiais federais que atuaram em endereços ligados ao esquema.
A Operação Sem Desconto, iniciada em abril, revelou que associações investigadas teriam descontado ilegalmente cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Pelo menos seis servidores públicos foram afastados. Na primeira fase, cerca de 700 policiais federais e 80 auditores da CGU cumpriram mais de 200 mandados judiciais, além do bloqueio de R$ 1 bilhão em bens.
Em agosto, o INSS começou a ressarcir 1,6 milhão de beneficiários que sofreram descontos indevidos, totalizando R$ 1,084 bilhão em pagamentos já realizados. O reembolso é feito diretamente na conta dos aposentados e pensionistas.
A CPMI da Previdência aprovou nesta semana mais de 400 pedidos de informações e quebras de sigilos bancário, fiscal e telemático de investigados, entre eles, os de Antunes, do empresário Maurício Camisoti e do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Parlamentares afirmam que as medidas são necessárias para rastrear a movimentação de recursos e ampliar o alcance das apurações.
A Advocacia-Geral da União já conseguiu bloquear R$ 2,8 bilhões em ativos de pessoas físicas, empresas e associações envolvidas. A venda desses bens deve reforçar o caixa para os ressarcimentos, custeados por crédito extraordinário de R$ 3,31 bilhões liberado em julho.
Os beneficiários têm até 14 de novembro de 2025 para contestar valores ou aderir aos acordos de devolução. Segundo a AGU, os pagamentos seguem a ordem de adesão.
Antonio Carlos Camilo Antunes é um empresário apontado pela Polícia Federal como figura central no esquema de fraudes previdenciárias que pode ter movimentado mais de R$ 6 bilhões em descontos ilegais de aposentadorias e pensões.
Apesar do apelido, ele nunca foi servidor do INSS. Seu envolvimento ocorreu por meio de 22 empresas das quais era sócio e que funcionavam como intermediárias de entidades associativas envolvidas na cobrança de mensalidades sem autorização dos beneficiários.
Segundo a PF, essas empresas movimentaram cerca de R$ 53,5 milhões, valores que eram repassados no mesmo dia em que entravam nas contas, mantendo os saldos bancários próximos de zero. Para os investigadores, a estratégia visava dificultar o rastreamento dos recursos.
Maurício Camisotti é empresário ligado ao setor de seguros e planos de saúde e também figura entre os principais alvos da Operação Sem Desconto. Ele já havia sido investigado pela CPI da Covid-19, quando foi citado como financiador da Precisa Medicamentos, empresa acusada de propina e superfaturamento na compra da vacina Covaxin durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
No esquema investigado no INSS, o papel de Camisotti, segundo as primeiras apurações, seria o de lavar recursos de uma das entidades envolvidas na fraude. Ele teria utilizado diferentes empresas em nome de familiares para movimentar e ocultar valores da Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec).
Alessandro Stefanutto é ex-presidente do INSS e também figura entre os principais investigados pela Operação Sem Desconto. Ele foi incluído pela CPMI da Previdência na lista de alvos que tiveram quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático aprovada pelo Congresso.
Segundo as apurações preliminares, Stefanutto teria atuado para favorecer associações suspeitas dentro da estrutura do INSS, permitindo a continuidade dos descontos ilegais em aposentadorias e pensões. Seu nome aparece ao lado de empresários como Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, como parte do núcleo central do esquema.
Parlamentares defendem que a investigação sobre Stefanutto é fundamental para entender se houve uso do cargo público para dar cobertura institucional à fraude que desviou bilhões de reais de beneficiários da Previdência.
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