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Romeu Zema lança pré-candidatura, critica PT e defende saída do Brasil do Brics
Publicado 16/08/2025 • 14:29 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 16/08/2025 • 14:29 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lançou neste sábado (16) sua pré-candidatura à presidência da República em 2026, durante convenção nacional do Partido Novo. Veja o que ele disse durante o evento.
Em declaração recente, uma autoridade destacou que o BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, não deve ser encarado como um bloco econômico nos moldes tradicionais. Segundo ela, o Brasil precisa priorizar relações com países democráticos ocidentais que compartilham raízes culturais semelhantes.
“O BRICS não é um bloco econômico. Precisamos nos aproximar de países democráticos ocidentais que tenham uma raiz cultural com muito de nós. Isso tem de ficar muito claro”, afirmou.
Apesar da ênfase em uma política externa mais alinhada com o Ocidente, Zema reiterou que não há contradição entre manter o diálogo com países como China, Rússia e Índia e, ao mesmo tempo, estreitar laços com nações europeias e da América do Norte.
“Isso não quer dizer que vamos deixar de fazer comércio com esses países. É possível assinar acordos bilaterais com Índia, com China, com Rússia e, ainda assim, fortalecer uma união regional que faz todo o sentido.”
Para ele, o alinhamento com países do Ocidente também é estratégico em termos geográficos, políticos e culturais.
“Estar mais próximo da Europa e dos países da América do Norte faz muito mais sentido: culturalmente, democraticamente e geograficamente.”
O governador reiterou que ajustou as contas públicas de Minas e defendeu que o mesmo pode ser feito no Brasil. Defendeu a livre iniciativa e criticou o excesso de burocracia e regulações.
“O Brasil precisa de um governo com nível de profissionalismo de empresas que criam soluções para melhorar a vida das pessoas. O que falta é o governo parar de atrapalhar e fazer regulamentações confusas”, destacou.
Zema também defendeu investimentos em merenda escolar e exaltou setores da economia como agro, indústria e sistema financeiro. Segundo ele, a indústria nacional mostra competitividade quando o governo “não atrapalha”, o agro está cada vez mais tecnológico, com uso de algoritmos, geolocalização e genética, e o sistema financeiro brasileiro é referência em tecnologia bancária.
“Se deu pra deixar o Estado mais leve em Minas, dá para fazer no Brasil. Existe um Brasil produtivo, moderno, competitivo e à espera de um governo sério. O Brasil que queremos é o que trabalha, arrisca, vence e dá orgulho. É com esse Brasil bravo que nós vamos chegar a Brasília”, afirmou.
“Vamos chegar a Brasília para varrer o PT do mapa”, afirmou o governador, e disse que o “lulismo está destruindo o Brasil, precisamos virar essa página”.
Ele ainda fez coro aos bolsonaristas mirando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e dizendo querer acabar com o que chamou de “abusos e perseguição” do magistrado.
Ao ser questionado sobre como enfrentaria o desafio de conquistar votos do eleitorado no Nordeste, o governador reconheceu a dificuldade, particularmente, da direita, e aproveitou para tecer críticas ao Bolsa Família. “O brasileiro está vendo, depois de 20 anos ou mais, que ficar recebendo eternamente o Bolsa Família não melhora a vida dele. É uma perpetuação de uma vida precária, sem dignidade, sem futuro. Eu acredito em emprego. No dia que o Nordeste acordar para isso, e já está acordando, nós vamos ver essa mudança”, afirmou.
“Nós temos de criar um mecanismo de desmame para o Bolsa Família (…). É preferível pagar o Bolsa Família mais três, quatro anos para quem está trabalhando do que ficar pagando trinta, como nós estamos fazendo, para quem fica só fazendo bico”, afirmou o governador mineiro, criticando a falta de qualificação de empregos informais. “Ele fica só carregando ali massa de cimento, saco de cimento, ou então lavando carro na rua. Isso, daqui dez anos, não significa qualificação. Mas um emprego com carteira assinada numa empresa bem estruturada”, defendeu Zema.
Durante o evento, Zema elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, destacando sua popularidade e o bom relacionamento que ambos mantêm. Segundo ele, os dois têm mantido conversas frequentes e compartilham afinidades em suas propostas.
“Tarcísio é competente. Me dou muito bem com ele, conversamos regularmente e admiro o trabalho dele”, afirmou.
“Ele tem uma aprovação excepcional em São Paulo, e nós temos propostas em comum”, completou.
“O cenário que eu vejo é a direita caminhar com vários pré-candidatos”, disse, sem descartar futuras alianças ou composições.
Zema prometeu ampliar a política de segurança pública, afirmando que o chamado “novo cangaço” já havia sido enfraquecido em Minas antes de sua gestão. Disse ainda que o Estado está livre de facções criminosas e se comprometeu a levar essa política ao país.
Em tom de alerta, declarou que o Brasil “está perto de se transformar em um narcoestado dominado pelo crime organizado” e prometeu acabar com as facções criminosas.
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O movimento ocorre no momento em que governadores vêm se organizando em torno de uma frente política articulada para ocupar o espaço deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue inelegível e em prisão domiciliar. Zema se junta a outros nomes, entre eles Ronaldo Caiado (União-GO), já oficialmente pré-candidato, Ratinho Júnior (PSD-PR), Eduardo Leite (PSD-RS) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), cotados nos bastidores.
Na semana passada, eles participaram de um encontro para discutir estratégias conjuntas e já têm novo jantar marcado pelo presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, na próxima terça-feira, 19. Diferentemente de outros rivais nessa corrida, sua candidatura não aguarda o aval de Bolsonaro. O governador chegou a se reunir com o ex-presidente no mês passado apenas para comunicá-lo sobre a decisão.
Apesar do passo dado neste sábado, a pré-campanha de Zema terá limitações. O Novo enfrentará dificuldade orçamentária e, por não ter superado a cláusula de barreira, não terá acesso ao horário eleitoral gratuito em rádio e TV, a menos que faça coligações. Ainda assim, dirigentes do partido avaliam que o mineiro é o melhor posicionado comparado aos outros governadores, já que Tarcísio ainda aguarda uma definição de Bolsonaro, Caiado enfrenta divergências dentro do União Brasil, que ainda compõe o governo Lula, enquanto Ratinho Jr. e Eduardo Leite disputam espaço dentro do PSD.
O lançamento contou com a presença do presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, dos deputados federais Marcel van Hattem, Ricardo Salles, Adriana Ventura, Luiz Lima e Gilson Marques, além do senador Eduardo Girão. Também participaram o vice-governador de Minas Mateus Simões, o ex-deputado federal Deltan Dallagnol, o secretário de Segurança de Minas Gerais, Rogério Greco, e o desembargador aposentado Sebastião Coelho, pré-candidato ao Senado pelo Novo.
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