Sem Rota da Seda: veja detalhes dos acordos fechados entre Brasil e China
Publicado qua, 20 nov 2024 • 2:33 PM GMT-0300 | Atualizado há 85 dias
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Publicado qua, 20 nov 2024 • 2:33 PM GMT-0300 | Atualizado há 85 dias
KEY POINTS
Brasil não aderiu formalmente à Nova Rota da Seda, um programa de investimentos trilionário do regime chinês.
Foto: EVARISTO SA / AFP
O governo brasileiro resistiu à pressão da China e assinou, nesta quarta-feira, 37 acordos bilaterais sem aderir formalmente – como Pequim gostaria – à Nova Rota da Seda, um programa de investimentos trilionário do regime chinês.
Na visita de Estado ao Brasil, os presidentes Xi Jinping e Luiz Inácio Lula da Silva assinaram um protocolo de “sinergias” entre programas brasileiros como o PAC e a Nova Rota da Seda.
Diplomatas brasileiros aconselharam o governo federal a não aderir formalmente ao programa frente a um xadrez geopolítico cada vez mais complexo, marcado pelas divergências entre a China e os Estados Unidos. Ainda assim, a aproximação entre Lula e Xi é comemorada nos bastidores do Itamaraty, frente ao potencial de ampliar as trocas comerciais e favorecer a reforma das instituições multilaterais.
Entre os acordos firmados por Brasil e China estão um contrato de captação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) junto ao China Development Bank (CDB), de valor ainda não divulgado; e um memorando de entendimento da Telebras com a Spacesail. Essa empresa fornece internet banda larga via satélite e é concorrente direta da Starlink, companhia do bilionário Elon Musk que recentemente foi ofendido pela primeira-dama Janja da Silva.
Sob forte esquema de segurança, Xi Jinping chegou a Brasília ainda na terça-feira (19), após participar da cúpula do G-20, no Rio. Com o presidente Lula ainda em solo carioca, o líder chinês foi recepcionado pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Ricardo Lewandowski (Justiça).
A demanda chinesa por reforço na segurança levou o Brasil a apertar os protocolos. Visitas de Estado costumam ocorrer no Palácio do Planalto, mas a exigência de Pequim por um raio de segurança levou o cerimonial a transferir as atividades para o Palácio da Alvorada, distante da Praça dos Três Poderes. Para evitar deslocamentos, Xi reservou todos os quartos do hotel mais próximo à residência oficial da Presidência da República.
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