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KEY POINTS
O contrato entre Juan Soto e os Mets supera o acerto anterior de Shohei Ohtani com o Los Angeles Dodgers
Foto: Major League Baseball
Salários recordes de atletas e acordos lucrativos para jogadores universitários estão impulsionando um novo boom no setor de gestão de patrimônio.
Nos Estados Unidos, o contrato de Juan Soto com o New York Mets, da Major League Baseball (MLB), chamou a atenção da mídia especializada: ele fechou 15 anos com a equipe por US$ 765 milhões (cerca de R$ 4,6 bilhões, pela cotação atual). Ou seja, a riqueza de atletas profissionais são uma oportunidade para empresas que administram investimentos.
Atletas universitários também ganham cifras milionárias com sua imagem, e os esportes femininos têm crescido em popularidade. Assim, o segmento esportivo tornou-se atrativo para o setor de gestão de fortunas.
Grandes empresas do setor, como Morgan Stanley, Bernstein, UBS e Goldman Sachs, estão expandindo suas divisões de esportes e entretenimento, e escritórios que prestam serviços para famílias e firmas de private equity buscam atrair mais clientes no mercado esportivo.
James Beale, ex-jogador de hóquei e atual diretor de desenvolvimento da Rockefeller Capital Management, afirma que atletas compartilham desafios financeiros comuns a outros clientes de alta renda, mas enfrentam riscos específicos por acumularem riqueza em idades muito jovens.
Beale diz que muitos atletas não possuem tempo ou experiência para gerenciar suas finanças, e concentram-se quase exclusivamente em suas carreiras esportivas.
Atletas frequentemente alcançam o pico de seus ganhos ainda muito jovens, o que pode torná-los vulneráveis a fraudes e decisões financeiras inadequadas.
Um estudo da EY de 2021 revelou que atletas profissionais perderam quase US$ 600 milhões devido a fraudes entre 2004 e 2019. Além disso, a chamada “jock tax” — impostos estaduais sobre rendimentos auferidos em diferentes locais — é um desafio adicional para atletas, exigindo planejamento detalhado.
Stacie Jacobsen, da Bernstein Private Wealth Management, enfatiza a importância da educação financeira para jovens atletas. Ela aponta que muitos têm dificuldades em dizer “não” a compras impulsivas ou investimentos sugeridos por amigos e familiares.
Seu papel, segundo Jacobsen, é ajudá-los a fazer análises e entender o impacto de suas decisões financeiras no longo prazo.
Atualmente, atletas jovens preferem investir em empresas de tecnologia de rápido crescimento, em vez de negócios tradicionais como restaurantes ou concessionárias. Setores como inteligência artificial e criptomoedas estão entre os favoritos.
Além disso, muitos estão negociando participação acionária em empresas, buscando construir um patrimônio sustentável.
Gestores de patrimônio trabalham para preparar atletas para a vida após os esportes, criando estratégias de longo prazo que incluem planos de investimento, segundas carreiras e acordos de marca. “Eles entendem que esta é sua melhor oportunidade de criar riqueza significativa e estão levando isso a sério”, afirma Jacobsen.
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