CNBC

CNBC Impacto da IA no mercado de trabalho: jovens do setor de tecnologia são os primeiros afetados, diz economista do Goldman Sachs

Brasil

‘Sem presença do setor privado em Washington, não há pressão real’, afirma diretor da BMJ

Publicado 05/08/2025 • 22:26 | Atualizado há 6 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • Segundo José Pimenta, diretor de Relações Governamentais e Comércio Internacional da BMJ Consultores, a estratégia imediata envolve reforçar a presença do Brasil em fóruns multilaterais, especialmente na Organização Mundial do Comércio (OMC), e ampliar o diálogo direto com autoridades e empresas norte-americanas.
  • A iniciativa brasileira de acionar a OMC é considerada um movimento simbólico e de longo prazo, mas necessário para marcar posição diante da crescente fragilidade do sistema multilateral de comércio.

Com poucas horas até a entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o governo federal corre contra o tempo para articular medidas diplomáticas e jurídicas, enquanto o setor privado se mobiliza para mitigar os impactos da medida.

Segundo José Pimenta, diretor de Relações Governamentais e Comércio Internacional da BMJ Consultores, a estratégia imediata envolve reforçar a presença do Brasil em fóruns multilaterais, especialmente na Organização Mundial do Comércio (OMC), e ampliar o diálogo direto com autoridades e empresas norte-americanas.

Leia mais:

Imposição de tarifa ‘necessariamente vai mudar o saldo comercial’, afirma economista

A iniciativa brasileira de acionar a OMC é considerada um movimento simbólico e de longo prazo, mas necessário para marcar posição diante da crescente fragilidade do sistema multilateral de comércio.

“É uma estratégia de pressão política e jurídica. Não vai surtir efeito no curto prazo, mas reforça o compromisso do Brasil com as regras do comércio internacional”, afirmou Pimenta em entrevista à Conexão. Ele destacou que outras potências, como União Europeia e China, também apresentaram queixas formais contra os EUA por medidas similares.

Apesar da pressão internacional, a avaliação é que dificilmente haverá mudanças nas tarifas antes do prazo final. “O tempo é curto e as expectativas são baixas. Mas o diálogo bilateral precisa continuar, com protagonismo do setor produtivo brasileiro e mais presença estratégica em Washington”, disse. Pimenta também alertou para os riscos de politização da medida, especialmente diante da tensão entre a Casa Branca e o cenário político brasileiro.

Do ponto de vista interno, o governo já sinalizou que poderá adotar medidas de apoio aos exportadores afetados. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicaram a possibilidade de programas específicos para compensar perdas do setor. A meta, segundo Pimenta, é evitar retaliações diretas e buscar soluções via reequilíbrio comercial e diversificação de mercados.

Com os Estados Unidos respondendo por cerca de 6% das exportações do agronegócio brasileiro, os efeitos econômicos imediatos podem ser limitados em volume, mas expressivos em setores específicos. Para Pimenta, além de preservar relações comerciais com os EUA, o Brasil deve acelerar a abertura de novos mercados para diluir riscos e reduzir a dependência de destinos específicos. “Quanto maior a capilaridade nas exportações, menor o impacto de choques comerciais unilaterais como esse”, concluiu.

__

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streaming

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Brasil