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Spotify endurece regras para derrubar e rotular músicas feitas por IA
Publicado 26/09/2025 • 13:37 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 26/09/2025 • 13:37 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Reprodução Instagram Tocana
O Spotify anunciou, durante uma apresentação realizada mundialmente para a imprensa nesta quarta-feira (24), que vai endurecer as regras em relação a músicas geradas por inteligência artificial e incluídas na plataforma. A novidade foi anunciada por Charlie Hellman, vice-presidente e chefe de produto musical do Spotify, e por Sam Duboff, responsável pela política regulatória no streaming.
Agora, o serviço vai contar com uma identificação de “músicas spam”, como são chamadas faixas sem qualidade criadas apenas para gerar royalties de forma fraudulenta. A plataforma ainda irá rotular canções geradas por IA e vai impedir que vozes de artistas sejam recriadas e usadas sem autorização.
A problemática se arrasta há tempos, e as discussões em torno dela têm se tornado cada vez mais fortes com a sofisticação da inteligência artificial. Especialistas comentaram sobre o avanço da ferramenta e de que forma músicas criadas artificialmente poderiam agradar mais o cérebro por padrões repetitivos.
À época, o Spotify ainda não tinha nenhum recurso para indicar músicas feitas por IA e optou por não participar da reportagem. Na quarta, a plataforma negou rumores de que teria criado músicas com a ferramenta para incluir em playlists e não pagar royalties a artistas.
“Já estivemos aqui antes, de maneiras diferentes. Pense nos primeiros gravadores multicanal, na chegada do sintetizador, nas estações de trabalho de áudio digital, no autotune”, comentou Charlie Hellman durante o briefing virtual. “Mas o fio condutor em cada um desses momentos era que cabia aos artistas decidirem, e o trabalho do resto de nós na indústria era garantir que essas decisões permanecessem em suas mãos.”
O vice-presidente afirmou que a plataforma tem consciência de que há pontos positivos e pontos negativos do uso de IA na música. O objetivo, segundo ele, é dar aos artistas o poder de escolha sobre como trabalham, inclusive se usarão ou não a IA, e de dar aos ouvintes consciência sobre o que está sendo escutado.
“Não estamos aqui para punir artistas por usarem a IA de forma autêntica e responsável. Esperamos que o uso de ferramentas de produção de IA pelos artistas lhes permita ser mais criativos do que nunca, criar mais conteúdo que entusiasme os fãs e oferecer a melhor experiência possível no Spotify”, disse. “Mas estamos aqui para deter os malfeitores que estão manipulando o sistema. E só podemos nos beneficiar de todo esse lado bom da IA se nos protegermos agressivamente contra o lado negativo.”
Conforme Sam Duboff, serão três as principais atualizações na plataforma. Confira detalhadamente como vai funcionar cada uma abaixo.
De acordo com o Spotify, as mudanças entraram em vigor na quarta e, em alguns casos, a política de personificação entrará em vigor a partir desta quinta, (25). O filtro de spam está sendo implementado aos poucos para garantir que a plataforma vai penalizar o conteúdo certo.
“Não damos tratamento especial à música gerada por IA no Spotify. Não penalizamos artistas por usarem a IA como parte de sua cadeia de trabalho criativo. Mas seremos agressivos em derrubar fábricas de conteúdo, a personificação, e qualquer pessoa que esteja tentando manipular o sistema”, disse Charlie.
Um dos casos mais emblemáticos sobre músicas geradas por inteligência artificial envolve uma banda fictícia: a The Velvet Sundown. O grupo ascendeu repentinamente, cercado de mistérios em relação à sua origem. Pouco em seguida, o criador incluiu na descrição do Spotify a informação de que as músicas do grupo são geradas por IA.
Isso não impediu, porém, que as pessoas continuassem escutando as faixas. Dust in the Wind, canção preferida do público, já acumula 3 milhões de reproduções no mundo. Uma curiosidade: São Paulo é a cidade que mais ouve o The Velvet Sundown, com 15 mil fãs, segundo relatório recente.
Charlie e Sam afirmaram terem refletido sobre a situação da banda na plataforma e não deram indícios de que pretendem retirar as músicas do catálogo do streaming. Um dos fatores que influenciaram na decisão foi o fato de a banda ter uma descrição clara sobre ter sido gerada por IA na bio do Spotify.
“Se houver grupos que estão usando IA de forma autêntica e transparente, isso é uma coisa. Mas se alguém decidiu não creditar [o conteúdo como IA], mesmo com essa possibilidade, é outra”, afirmou Sam.
Atualmente, o tema é amplamente discutido nas redes sociais graças a uma “cantora” gerada por inteligência artificial: Tocanna. O criador se inspirou em um tucano para criar a identidade da “artista”, que ganhou repercussão graças à faixa São Paulo.
A música viralizou no TikTok e faz uma espécie de paródia com letra explícita de Empire State Of Mind, música de 2009 de Jay-Z em parceria com Alicia Keys. Com a proliferação de São Paulo, a faixa chegou até o rapper, que pediu para que ela fosse removida das plataformas.
Após o caso, o criador publicou uma espécie de “pronunciamento” de Tocanna no Instagram. “O sucesso da música incomodou, principalmente porque São Paulo viralizou em espanhol”, disse a “cantora” em um trecho do vídeo.
Até a publicação deste texto, a página dela segue disponível no Spotify. Embora a descrição de Tocanna na plataforma não seja explícita quanto ao uso da IA, ela é claramente paródica, dizendo que a artista “foi a primeira cantora de origem animal a ser indicada ao Grammy e também a primeira a assumir o cargo de embaixadora da ONU.”
O Spotify foi procurado para entender se a nova política será aplicada a Tocanna, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.
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