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Tesouro barra juros acima de 120% do CDI em empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios

Publicado 02/12/2025 • 19:54 | Atualizado há 5 minutos

KEY POINTS

  • O Tesouro Nacional rejeitou dar aval ao empréstimo de R$ 20 bilhões aos Correios porque a taxa proposta por cinco bancos — 136% do CDI — excede o limite de 120% do CDI permitido pelo Comitê de Garantias; nova rodada de negociações será necessária.
  • Os Correios enfrentam prejuízo de R$ 6,05 bilhões entre janeiro e setembro de 2025 e buscam crédito para quitar dívidas, regularizar pagamentos a fornecedores, financiar um PDV e recuperar competitividade no setor de encomendas.
  • A crise da estatal pressiona a meta fiscal das estatais para 2026; o governo prevê déficit maior e avalia que os problemas são “graves” e “estruturais”, aguardando o plano final dos Correios para dimensionar o impacto fiscal.

O Tesouro Nacional comunicou aos Correios que não dará aval ao empréstimo de R$ 20 bilhões caso a operação seja firmada com juros superiores a 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A decisão foi apresentada em reunião nesta terça-feira (2), em Brasília. A proposta enviada por cinco bancos — Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra — previa taxa de 136% do CDI, valor considerado acima do limite permitido e que levou o governo a recusar as condições iniciais.

O teto de juros segue regras do Comitê de Garantias do Tesouro, que define parâmetros para financiamentos de Estados e municípios e agora será aplicado também à estatal. Para operações sem possibilidade de securitização e com prazo superior a dez anos, o limite é de 120% do CDI. Com a Selic a 15% ao ano, a taxa máxima resultaria em custo anual de aproximadamente 18%. A proposta dos bancos, porém, elevaria o encargo para cerca de 20,4%.

Segundo técnicos do governo, a cobrança acima do teto foi interpretada como custo incompatível com uma operação garantida pela União. A recusa abre nova rodada de negociações.

Correios buscam crédito para enfrentar prejuízo bilionário

Os Correios tentam viabilizar o empréstimo para enfrentar uma crise financeira considerada a mais severa de sua história. Entre janeiro e setembro de 2025, a empresa registrou prejuízo de R$ 6,05 bilhões, reflexo da queda de receitas e do aumento das despesas.

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Os recursos seriam usados para quitar dívidas, regularizar pagamentos a fornecedores, financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e viabilizar investimentos voltados à recuperação da competitividade no mercado de encomendas. A regularização dos atrasos com fornecedores é vista como essencial para restabelecer o desempenho das entregas e recuperar a confiança de grandes clientes.

Crise interna e mudanças na gestão

A deterioração das contas levou à saída de Fabiano Silva da presidência da estatal, em julho. Ele atribuiu parte das dificuldades ao impacto da taxação de compras internacionais de até US$ 50, a chamada “taxa das blusinhas”. O atual presidente, Emmanoel Schmidt Rondon, assumiu o cargo em setembro e sinalizou que pretende adiar ao máximo a convocação de aprovados no concurso de 2024.

Impacto fiscal e necessidade de revisão de metas

A crise deve influenciar a meta fiscal das estatais para 2026. Integrantes da equipe econômica avaliam que o resultado negativo dos Correios continuará no próximo ano, o que pode reduzir o espaço de gastos do governo em período eleitoral. A projeção de déficit das empresas estatais em 2025 foi elevada de R$ 5,5 bilhões para R$ 9,2 bilhões.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, classificou os problemas da estatal como “graves” e “estruturais”, indicando que o impacto fiscal projetado para 2026 pode ser superior ao registrado este ano. Ele afirmou que o governo aguarda a apresentação do plano final dos Correios para detalhar os números.

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