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Consolidação na Saúde: grandes grupos hospitalares redesenham o mapa da saúde privada no Brasil

Publicado 22/05/2025 • 19:49 | Atualizado há 9 horas

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KEY POINTS

  • Movimento de fusões e aquisições avança apesar de sinais de cautela no setor; especialistas apontam desafios e impacto para pacientes, investidores e a concorrência

O setor de saúde privada no Brasil vive uma onda de consolidação sem precedentes. Hospitais e laboratórios que antes atuavam regionalmente agora compõem redes de abrangência nacional, impulsionadas por fusões e aquisições multimilionárias. A Rede D’Or São Luiz, maior operadora hospitalar do país, lidera esse processo: anunciou investimentos de R$ 7,5 bilhões até 2028 para abrir 5.400 novos leitos – um crescimento de 46% na sua capacidade atual. Com um caixa robusto de R$ 17,5 bilhões, o grupo projeta até R$ 10 bilhões em aquisições nos próximos anos, consolidando sua posição como gigante do setor.

Na outra ponta, o Grupo Mater Dei, sediado em Belo Horizonte, tem adotado uma estratégia mais seletiva. Após uma série de aquisições entre 2021 e 2022, a empresa iniciou um processo de enxugamento: vendeu sua participação de 70% no Hospital Porto Dias, em Belém, por R$ 410 milhões. A decisão foi atribuída à necessidade de redução de alavancagem e realinhamento estratégico. Ainda assim, o grupo mantém presença em praças consideradas estratégicas, como Salvador e São Paulo.

Integração vertical como diferencial competitivo

Além da expansão territorial, os grupos de saúde estão apostando na integração vertical dos serviços – unindo unidades hospitalares, clínicas especializadas, laboratórios e planos de saúde. A Dasa, por exemplo, vem consolidando seu modelo de ecossistema de saúde: nos últimos anos, adquiriu hospitais, laboratórios e plataformas digitais para oferecer uma jornada contínua de cuidado. O objetivo é reunir diagnóstico, prevenção, atendimento primário e alta complexidade em uma mesma estrutura.

Esse movimento atende tanto à demanda por eficiência e controle de custos quanto à pressão de um novo perfil de consumidor, mais digitalizado e exigente. “A integração vertical permite ganhos operacionais, fidelização do paciente e maior previsibilidade de receita, o que agrada ao mercado financeiro”, avalia Cláudio Lottenberg, presidente do conselho do Instituto Coalizão Saúde.

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Ritmo ainda forte, mas com sinais de desaceleração

Apesar do apetite dos grandes grupos, o setor começa a demonstrar cautela. Segundo relatório da KPMG, o volume de fusões e aquisições no segmento hospitalar e laboratorial caiu 15% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. A queda foi ainda mais acentuada entre hospitais e laboratórios de análises clínicas, com retração de 44% nas transações.

Entre os fatores que explicam esse freio estão o aumento do custo de capital, os desafios de integração operacional e o foco das empresas em consolidar aquisições já realizadas.

Impacto para o mercado e os pacientes

A concentração de mercado traz vantagens operacionais, como padronização de processos, poder de negociação com fornecedores e escalabilidade. No entanto, levanta alertas sobre a concorrência e o acesso. Entidades como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) alertam para o risco de aumento de preços e redução da oferta em regiões onde um único grupo passa a dominar a rede privada.

Já para investidores, a consolidação oferece um campo fértil. O envelhecimento da população, a crescente procura por planos de saúde e o avanço tecnológico criam um cenário promissor – desde que os grupos saibam equilibrar expansão com governança e qualidade assistencial.

por Alexandre Hercules
Editor-Chefe do Portal Brasil Health

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