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Médicos brasileiros ganham espaço em Portugal em meio a déficit de profissionais na Europa
Publicado 13/09/2025 • 07:00 | Atualizado há 17 horas
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Publicado 13/09/2025 • 07:00 | Atualizado há 17 horas
Unsplash
Nos últimos anos, Portugal tornou-se um dos principais destinos para médicos brasileiros interessados em atuar no exterior. Dados da Ordem dos Médicos indicam que cerca de 30% dos profissionais estrangeiros em atividade no país vêm do Brasil, consolidando a comunidade como a maior fora da União Europeia atuando no sistema português. O movimento cresce em paralelo ao déficit de profissionais de saúde na Europa, estimado em 1,2 milhão de postos vagos, segundo relatório recente da Comissão Europeia.
O reconhecimento do diploma brasileiro em Portugal segue as regras do Decreto-Lei 66/2018, que prevê três modalidades: automático, de nível e específico — este último o mais aplicado à Medicina. Formados em universidades como USP e UFRJ podem concluir o processo de forma totalmente online em cerca de quatro meses. Para graduados em outras instituições, há etapas adicionais, como provas presenciais, apresentação de um trabalho conclusivo e, em alguns casos, avaliações de especialidade por um júri da Ordem.
Após o deferimento, o profissional deve se inscrever na Ordem dos Médicos, apresentar certificado de proficiência linguística (nível B2 do QECR) e comprovar experiência, o que define se poderá atuar sob supervisão ou com autonomia.
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O déficit de profissionais amplia as chances de contratação, especialmente em áreas carentes fora dos grandes centros. Salários médios para médicos em início de carreira variam entre €3.000 e €3.900, podendo superar €5.000 com plantões e especializações — valores até quatro vezes superiores aos pagos em muitas redes públicas brasileiras.
Apesar da atratividade, o custo de vida em Lisboa e Porto — onde se concentram as melhores oportunidades — pode reduzir a vantagem financeira, levando muitos recém-chegados a buscar postos no interior ou em hospitais universitários.
No Brasil, a Demografia Médica 2024/25 aponta mais de 575 mil médicos ativos, mas com forte concentração em capitais e desigualdade de acesso em regiões periféricas. Questões como infraestrutura, remuneração e excesso de judicialização também influenciam quem considera o exterior.
“Entre os motivos mais citados estão previsibilidade contratual, evolução de carreira, estabilidade e menor litigiosidade no cotidiano”, afirma o advogado Marcus Antônio Castro Damasceno, especialista em imigração médica para a Europa.
Apesar do caminho mais claro, a adaptação exige planejamento. O reconhecimento de especialidade pode demandar extensa documentação, cartas de recomendação e provas complementares. A obtenção de visto ou autorização de residência deve ser tratada em paralelo ao reconhecimento acadêmico para evitar atrasos.
Para quem cumpre todas as etapas, o país oferece um ambiente regulatório estável, perspectiva de crescimento profissional e a possibilidade de atuar em toda a União Europeia.
Alexandre Hercules é editor-chefe da Brazil Health (www.brazilhealth.com)
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