O dia em que eu conheci Michael Haneke
Publicado 24/03/2025 • 18:29 | Atualizado há 1 uma semana
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Publicado 24/03/2025 • 18:29 | Atualizado há 1 uma semana
Felipe Machado e Michael Haneke
Aquivo Pessoal
Hoje, o austríaco Michael Haneke, um dos diretores mais originais e provocadores da história do cinema, faz 83 anos. Lembrei de uma historinha aqui.
A primeira vez que vi um filme de Michael Haneke foi Violência Gratuita, no final dos anos 1990. Li uma crítica a respeito do filme que me deixou curioso. Comprei o DVD e cheguei em casa ansioso para ver se o filme era mesmo tudo aquilo.
Não é um filme fácil, muito pelo contrário. É violento, agressivo, choca quem não está preparado. Pelo jeito, eu não estava: quando o filme acabou, fiquei tão revoltado que voltei à locadora. Reclamei e exigi que o atendente o trocasse por outro. Ele concordou. Desembolsei um dinheiro extra e voltei para casa com a edição especial de Scarface. Eu nunca mais queria ouvir falar de Michael Haneke de novo.
No dia seguinte, comecei a pensar no filme. Pensando bem, até que era interessante… uma abordagem inovadora e complexa da violência. Os personagens não tinham nenhuma emoção, eram totalmente cerebrais.
Na verdade era um filme muito inteligente, não sei como não vi isso assim que o filme acabou. Passei o dia pensando nos diálogos perturbadores e verdadeiros, no pequeno detalhe de uma situação em que os protagonistas ‘voltam’ no tempo apertando uma tecla do controle remoto…
Quando saí do trabalho, voltei à locadora e comprei o filme de novo.
Agora eu estava preparado para Michael Haneke.
Em 2009 estive nos EUA e tive a oportunidade de cobrir o New York Film Festival, onde foi apresentado pela primeira o vez o filme A Fita Branca, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes, meses depois. A sessão contou com coletiva de Michael Haneke, com quem tive a oportunidade de bater um papo rápido depois.
A Fita Branca, aliás, é outra obra-prima sombria e cruel, combinando dois temas explosivos: crianças e nazismo. Arrecadou US$ 19,3 milhões em todo o mundo.
A maioria dos filmes de Haneke têm orçamentos baixos e costumam ser financiados pela ORF, a emissora pública da Áustria. O órgão tem orçamento anual de cerca de 100 milhões de euros para custear produções para o cinema e TV.
Em 2012, seu filme Amor, o mais perto que Haneke poderia chegar de uma história romântica, levou a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Orçado em US$ 8,9 milhões, teve uma bilheteria de US$ 29 milhões. No Brasil, está disponível no streaming da Globoplay.
Em 2017 ele lançou Happy End, orçado em US$ 13 milhões e seu filme mais recente. Atenção para o spoiler: o final não é feliz.
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