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Análise Exclusiva Marcelo Favalli

EUA: tarifa sobre o Canadá sobe para 35% e farmacêuticas recebem ultimato de Trump

Publicado 31/07/2025 • 23:19 | Atualizado há 20 horas

Redação Times Brasil

Foto de Marcelo Favalli

Marcelo Favalli

Marcelo Favalli além de jornalista é Mestre em Relações Internacionais pela PUC e professor nos cursos de pós-graduação de Política Contemporânea, da FAAP e do MBA em Comunicação e Política da USP. Dos 27 anos de profissão, na imprensa, dedicou 18 deles à cobertura estrangeira. Foi correspondente na América Latina e no Estados Unidos.

KEY POINTS

  • A medida ocorre em meio à escalada da crise do fentanil e como retaliação às tarifas impostas pelo Canadá desde março.
  • Paralelamente, Trump também emitiu um ultimato às grandes farmacêuticas, exigindo a redução de preços dos medicamentos nos Estados Unidos em até 60% no prazo de 60 dias.

O presidente Donald Trump intensificou sua estratégia econômica nesta quinta-feira (31) ao assinar uma nova ordem executiva que eleva de 25% para 35% a tarifa sobre produtos canadenses, com vigência imediata. A medida ocorre em meio à escalada da crise do fentanil e como retaliação às tarifas impostas pelo Canadá desde março. Paralelamente, Trump também emitiu um ultimato às grandes farmacêuticas, exigindo a redução de preços dos medicamentos nos Estados Unidos em até 60% no prazo de 60 dias.

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A decisão tarifária afeta diretamente produtos que não se enquadram nas isenções previstas pelo Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Além disso, itens canadenses que tentarem contornar a taxação via transporte marítimo para terceiros países passarão a ser tarifados em 40%. O documento cita a emergência sanitária causada pelo tráfico de drogas na fronteira norte como justificativa.

Pressão sobre farmacêuticas

Em outra frente, Trump enviou 17 cartas a CEOs de empresas como Pfizer, AstraZeneca e Novo Nordisk, exigindo que os medicamentos vendidos nos EUA sejam oferecidos pelos mesmos preços praticados em outros países desenvolvidos. A medida está ancorada no princípio de “nação mais favorecida” (MFN, na sigla em inglês), que visa impedir que os EUA paguem mais caro por produtos vendidos mais baratos em outros mercados.

A análise do jornalista Marcelo Favalli destaca que os medicamentos prescritos nos EUA custam, em média, 700% mais do que os mesmos produtos em países como Turquia, México, Canadá, Alemanha e Reino Unido. O preço do remédio Ozempic, por exemplo, chega a custar mais de US$ 900 (cerca de R$ 4.600) nas farmácias americanas, sendo vendido por valores muito inferiores na Europa e Ásia.

Segundo dados da Rand Corporation, 21% dos norte-americanos afirmaram já ter deixado de comprar um remédio prescrito por não conseguirem arcar com o preço. Outros 12% relataram ter reduzido a dosagem ou pulado dias de uso para fazer o medicamento durar mais.

Impacto político e econômico

As ações das principais farmacêuticas fecharam em queda após o anúncio das medidas. Para o eleitorado americano, a redução no preço de remédios é uma promessa sensível - e estratégica - para Trump, especialmente diante do alto custo médio anual com medicamentos prescritos, que ultrapassa os US$ 1.490 por pessoa no país.

A nova diretriz determina que o portfólio de medicamentos seja disponibilizado com valores reduzidos principalmente aos beneficiários do Medicaid, o programa de saúde pública destinado a pessoas de baixa renda. O plano prevê ampliar o acesso e corrigir as distorções de preço internacional, hoje insustentáveis para boa parte da população.

Contexto da ordem executiva

O aumento da tarifa sobre o Canadá coincide com a deterioração nas relações comerciais entre os dois países e a preocupação do governo americano com o aumento das mortes relacionadas ao fentanil, substância muitas vezes traficada por rotas que cruzam a fronteira norte.

A ordem também intensifica o endurecimento tarifário do governo Trump, que já havia ampliado medidas contra a China e o México, dentro de uma política de “America First” reformulada para um segundo mandato.

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