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Assaí pode ser a próxima varejista a deixar a Bolsa
Publicado 27/11/2025 • 12:21 | Atualizado há 2 horas
Publicado 27/11/2025 • 12:21 | Atualizado há 2 horas
Assaí.
Divulgação
A Faria Lima voltou a especular que o Assaí pode ser a próxima empresa a deixar a bolsa brasileira. Uma operação de OPA (Oferta Pública de Aquisição) estaria sendo discutida nos corredores das principais casas de análise do mercado.
As ações ASAI3 estão sendo negociadas no pregão desta quinta-feira por volta de R$ 10,06. Um movimento de OPA colocaria um preço com prêmio próximo de 30% em relação ao valor atual — o mercado trabalha com um valor próximo de R$ 13 por ação.
Os rumores surgiram a partir do movimento feito pela família Muffato. Nesta quinta-feira (27), o mercado acordou com a notícia de que os proprietários da rede de supermercados agora detêm 10% do Assaí.
Esse aumento de participação ocorreu a partir de compras de ações lideradas pelo fundo de investimento Snapper Rocks. O veículo foi criado em janeiro deste ano e, até o fim de outubro, detinha menos de 5% dos papéis.
Caso a participação continue aumentando, a família Muffato será obrigada a fazer uma oferta pela aquisição do negócio como um todo. A poison pill estipula um percentual máximo de 25% antes da oferta.
Caso realize uma OPA, o Assaí seria mais uma varejista a deixar a bolsa brasileira. O Carrefour, seu principal concorrente, deixou o pregão em maio deste ano. Os papéis ainda podem ser acessados pelos investidores, mas apenas por meio de BDRs da matriz francesa.
A saída também marcaria a retirada de outra gigante da bolsa em um curto intervalo de tempo. Nesta semana, a espanhola Iberdrola Energia protocolou o pedido de oferta pública de aquisição de ações da Neoenergia.
Se o Assaí deixar a bolsa brasileira, será a 12ª companhia a sair do mercado local. Outras empresas que deixaram o pregão recentemente incluem Mobly, REAG Investimentos, Zamp e Wilson Sons.
No último trimestre, a rede atacadista registrou queda de 1,5% no lucro líquido, que fechou em R$ 195 milhões. A receita, por sua vez, aumentou 2,1%, para R$ 19 bilhões. Os resultados ficaram abaixo das expectativas do mercado. Em seu balanço financeiro, a companhia afirmou que o desempenho foi afetado pela taxa de juros.
Ainda que os números não tenham sido os ideais, a rede segue na segunda posição no segmento em que atua. São 306 lojas, com faturamento previsto de R$ 86 bilhões para 2025. As ações acumulam alta de 86% desde o começo do ano.
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