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Plano de Negócios Rodrigo Loureiro

O Ibovespa B3 bateu os 160 mil pontos. E agora?

Publicado 02/12/2025 • 11:29 | Atualizado há 32 minutos

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Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é jornalista especializado em economia e negócios, com experiência nos principais veículos do Brasil e MBA pela FIA em parceria com a B3. Além de comandar esta coluna, é comentarista nos programas Agora e Real Time, nos quais analisa as principais movimentações do mercado.

Ibovespa B3

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Ibovespa B3

Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, renovou o recorde intradiário nesta terça-feira (2) e finalmente atingiu os 160 mil pontos. O indicador acumula alta de 32% desde o início do ano — percentual que surpreende em um cenário de Selic a 15% ao ano, que poderia estimular a migração de investidores para a renda fixa.

Faltando menos de um mês para o fim do ano, os investidores aguardam os próximos passos da Bolsa brasileira. No radar estão eventos do mercado internacional e decisões de órgãos domésticos, como o Cade. Além disso, a movimentação do câmbio pode influenciar o desempenho do índice.

Na próxima semana, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidirá sobre a taxa de juros no país governado por Donald Trump. Há expectativa de um terceiro corte consecutivo — possibilidade que, vale lembrar, estava praticamente descartada meses atrás.

Mesmo diante de uma inflação em alta nos EUA, o Fed avaliou que era o momento de reduzir a taxa de juros para estimular a economia. Dados mais fracos do mercado de trabalho americano influenciaram a decisão de Jerome Powell.

Uma queda nos juros dos Estados Unidos fortalece a expectativa de que o Banco Central do Brasil possa repensar a trajetória da Selic em 2026. O Boletim Focus projeta taxa básica de 12% ao ano no fim do ano que vem. A dúvida é quando os cortes começarão.

Se os juros caírem mais nos EUA, a correção no Brasil pode ocorrer mais cedo do que o planejado. Mesmo que Gabriel Galipolo defenda o compromisso com o centro da meta de inflação de 3% ao ano, o risco de um PIB abaixo de 2%pode pressionar por ajustes na política monetária.

Até o fim do ano não haverá novas divulgações de resultados financeiros. Os balanços do terceiro trimestre já foram absorvidos pelo mercado. Ainda assim, as distribuições de dividendos podem ajudar o Ibovespa a renovar novos recordes nos próximos dias.

A valorização recente do índice foi impulsionada pelos anúncios de dividendos da Vale e do Itaú, que vieram acima das expectativas. A Vale informou que pagará R$ 3,58 por ação, enquanto o Itaú distribuirá R$ 1,87 por ação, de forma extraordinária.

A decisão do Cade sobre a fusão entre Petz e Cobasi também pode gerar impacto — ainda que menor — no índice. O mercado aposta em valorização das ações caso o acordo seja aprovado. Se o órgão identificar problemas e barrar a união, a tendência é de queda.

Por fim, vale acompanhar o comportamento do mercado de câmbio. O fim do ano costuma dar força ao dólar, impulsionado pelas remessas de lucros de multinacionais e pela maior demanda das importadoras.

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