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Tendências e Mentalidades Álvaro Machado

Quando a inovação encontra a IA: as lições do Nobel de Economia

Publicado 15/10/2025 • 16:16 | Atualizado há 17 horas

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Tendências e Mentalidades

Álvaro Machado Dias é um neurocientista e futurista de reputação internacional. Ele é professor livre-docente da Universidade Federal de São Paulo, membro do Painel Global de Tecnologia do MIT e fellow da Brain & Behavioral Sciences (Cambridge).

O Prêmio Nobel de Economia de 2025 foi concedido a três pesquisadores que investigam a inovação como motor do crescimento econômico. A escolha ocorre em um momento em que a inteligência artificial (IA) impõe novos desafios às economias e redefine o conceito de progresso. Para o neurocientista e futurista Álvaro Machado Dias, a premiação reforça a centralidade da inovação na atual fase tecnológica.

Segundo o especialista, o reconhecimento amplia a lógica do Nobel de 2024, que destacou a importância das instituições para a estabilidade e o crescimento econômico.

“O que importa hoje é que a inovação disruptiva, quando ocorre sobre um arcabouço institucional sólido, não destrói valor na sociedade. Pelo contrário, permite multiplicar o valor por meio da recolocação profissional e do reestabelecimento produtivo em uma base mais elevada”, afirmou.

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Machado destacou que a inteligência artificial (IA) pode gerar tanto destruição quanto crescimento.

“Hoje, podemos terminar em uma ‘terra arrasada’ ou em um platô de acoplamento, em que o PIB e o valor humano aumentam significativamente. Esse prêmio dialoga fortemente com o momento atual, que é de bifurcação”, explicou Álvaro.

O neurocientista também apontou um descompasso entre o impacto da IA nas empresas e seu efeito sobre o PIB global.

“Até 2030, estima-se que o PIB das economias avançadas cresça cerca de 3,2 pontos, enquanto no Brasil o crescimento deve ser de apenas 0,6%. Porém, o impacto na vida das pessoas, na experiência subjetiva e no desenvolvimento de adolescentes e crianças é muito maior”, disse.

Machado destacou ainda o papel dos modelos open source de IA na redução das desigualdades entre países.

“No Brasil, podemos alcançar níveis próximos aos da Europa se conseguirmos fazer uma transição baseada em modelos open source. Isso permite desenvolver IaaS adaptadas ao contexto local, com soberania de dados e capacidade de retreinamento”, afirmou.

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