Criptomoedas: bitcoin cai, refletindo a deterioração dos negócios em Nova York e expectativa EUA-China

O bitcoin e outras criptomoedas relevantes operaram em queda nesta quinta-feira (16), enquanto a liquidação generalizada de ações de bancos em Nova York reduziu o apetite por risco e contaminou a busca pelos criptoativos.

Investidores também mantêm expectativas para o possível encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, na Coreia do Sul, após a confirmação do representante sul-coreano de que o republicano visitará o país entre os dias 29 e 30 de outubro.

Por volta das 16 horas (em Brasília), o bitcoin caía 2,36%, a US$ 108.545,33 (cerca de R$ 592.719,30, na cotação atual), e o ethereum tinha baixa de 1,64%, a US$ 4.058,30 (R$ 22.718,32), de acordo com dados da plataforma Coinbase. Outros ativos digitais, como XRP e Solana, também registraram perdas.

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No início da tarde, o bitcoin aprofundou as quedas, refletindo as perdas em Wall Street, em meio à cautela com o shutdown do governo norte-americano. O setor bancário caía em bloco, com destaque para o Western Alliance (-10,54%). Papéis ligados ao universo cripto, como os da Robinhood Markets, também recuavam cerca de 2%.

De acordo com a Ripio, o mercado cripto aguarda desdobramentos da relação EUA-China, uma vez que o ativo enfrentou “um dos momentos mais difíceis da sua história recente” diante da tarifa americana de 100% sobre produtos chineses, imposta pelo presidente Donald Trump. Segundo a análise, o cenário resultou em liquidações superiores a US$ 19 bilhões (R$ 103,74 bilhões).

No entanto, para a PrimeXBT, as criptomoedas podem se beneficiar de um corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed). “O mercado de criptomoedas precisa de um impulso favorável do Fed após a volatilidade recente”, destacou a corretora.

Hoje, o dirigente do Fed, Stephen Miran, defendeu um corte de 50 pontos-base (pb) nos juros, mas ponderou acreditar que a redução deverá ser mais branda, de 25 pb. Segundo ele, a resiliência econômica americana em 2026 dependerá da forma como as tensões comerciais entre EUA e China serão resolvidas e da trajetória da política monetária.

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Felipe Pjevac

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