Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
‘A grande sacada dos chineses é investir na experiência de compra do cliente’, diz especialista sobre avanço das marcas chinesas no Brasil
Publicado 03/06/2025 • 13:38 | Atualizado há 5 meses
Starbucks vende controle para chineses em maior mercado de fast food do mundo
OpenAI lança aplicativo de IA para dispositivos Android
Toyota projeta lucro maior apesar de prejuízo bilionário com tarifaço dos EUA
Gigante de navegação Maersk eleva projeções; CEO diz que comércio global está mais resiliente
Embraer oferece vagas sem necessidade de experiência prévia; veja como se candidatar
Publicado 03/06/2025 • 13:38 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
A presença de marcas chinesas no mercado de eletrônicos no Brasil tem crescido de forma acelerada. Segundo Thiago Muniz, professor dos MBAs de Marketing e Gestão Comercial da FGV, esse avanço se deve não apenas aos preços competitivos, mas, principalmente, à agilidade operacional e ao uso intensivo de tecnologia por parte dessas empresas. A declaração foi dada em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, nesta terça-feira (3).
Segundo ele, a expansão das marcas chinesas no país vai além do diferencial de preços. O que impulsiona esse crescimento é a vantagem competitiva proporcionada por modelos de operação mais ágeis e baseados em dados.
“Não é só que as marcas chinesas têm produtos mais baratos — elas têm um modelo de operação baseado em dados, que permite decisões mais rápidas e assertivas. Isso é muito mais interessante para atuar no mercado brasileiro, que exige adaptação constante”, afirmou.
Ele explicou que, enquanto muitas empresas brasileiras ou ocidentais demoram semanas, ou até trimestres, para analisar tendências e rever estratégias, as companhias chinesas operam com ciclos de decisão muito mais curtos. Isso permite uma reação rápida às mudanças de mercado, tanto no varejo quanto no atacado.
Ainda segundo o especialista, outro fator que vem surpreendendo é o ganho de credibilidade das marcas chinesas entre os consumidores brasileiros.
“Tem surpreendido bastante o quanto as indústrias chinesas vêm se destacando. Com ciclos curtos de aprendizado e o uso da inteligência artificial, essas empresas otimizam desde o estoque até o design do produto, criando uma experiência de compra muito mais eficiente e positiva”, disse.
Segundo ele, a integração total da cadeia de produção é uma das grandes vantagens dessas empresas. Enquanto fornecedores tradicionais compartilham o processo com diversas empresas, os fabricantes chineses conseguem desenvolver e executar toda a estrutura internamente — e com apoio da inteligência artificial.
“Quando você entra em um site de origem chinesa, faz uma compra e o produto chega exatamente como esperado, isso muda sua percepção de valor. E isso vale desde os itens mais simples até os mais complexos.”
Ele reforçou que o segredo do sucesso chinês está justamente nesse foco no consumidor. “A grande sacada dos chineses é investir na experiência de compra do cliente”, afirmou.
Para competir com esse novo modelo, o especialista acredita que empresas brasileiras precisam repensar seus próprios ciclos de aprendizado e inovação. “Lidar com a concorrência chinesa exige entender e adaptar esses ciclos mais curtos e mais eficientes de operação. Não basta apenas reduzir preço — é preciso evoluir a experiência como um todo.”
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
1
Decisão contra 99Food reacende debate sobre concorrência do delivery; iFood já respondeu por abuso em contratos
2
Brasil é o segundo maior destino de investimento estrangeiro direto do mundo em 2025
3
Primeiro data center do Brasil voltado à exportação será construído no Ceará; TikTok deve ser único cliente
4
Vale conclui recompra de R$ 3,8 bi em debêntures para reduzir custo da dívida
5
Brasil propõe integração mundial dos mercados de carbono na COP30