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Agro

EUA: Trump planeja pacote de ajuda para agricultores de soja enquanto busca acordo com a China

Publicado 05/10/2025 • 11:40 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja um pacote de ajuda para os agricultores de soja dos EUA, em meio ao boicote da China aos grãos americanos, em resposta à sua guerra comercial.
  • A ideia ocorre mesmo enquanto o presidente continua buscando um acordo de soja com Pequim.
  • Os agricultores estão preocupados que o tempo esteja se esgotando para vender sua safra deste ano para seu maior cliente.

Joyce N. Boghosian / Casa Branca / Flickr

O presidente Donald Trump discursa na cerimônia do Dia Nacional do Coração Púrpura, no Salão Leste, quinta-feira, 7 de agosto de 2025.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja um pacote de ajuda para os agricultores de soja do país, em meio ao boicote da China aos grãos americanos, em resposta à sua guerra comercial. A medida é estudada mesmo enquanto o presidente continua buscando um acordo com Pequim. Os agricultores estão preocupados que o tempo esteja se esgotando para vender a safra deste ano ao seu maior cliente.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse na quinta-feira à CNBC norte-americana que o público pode esperar novidades sobre o apoio aos agricultores, especialmente aos produtores de soja, na próxima terça-feira. Os detalhes do pacote de ajuda ainda não foram divulgados.

A China, que foi por muitos anos o maior comprador estrangeiro da oleaginosa americana, comprou grãos do país pela última vez em maio. Para esta temporada de colheita, iniciada no mês passado, nenhuma compra foi realizada até o momento.

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Os agricultores de soja do nosso país estão sendo prejudicados porque a China, por razões de ‘negociação’ apenas, não está comprando”, escreveu Donald Trump em um post no Truth Social, na quarta-feira. “Ganhamos tanto dinheiro com tarifas que vamos pegar uma pequena parte desse dinheiro e ajudar nossos agricultores”, afirmou. “Vou me encontrar com o presidente Xi, da China, em quatro semanas, e a soja será um tópico importante de discussão”, acrescentou.

O presidente da American Soybean Association, Caleb Ragland, saudou o reconhecimento de Trump das dificuldades enfrentadas pelos agricultores. Ele afirmou que são necessárias ações para evitar que muitos produtores saiam do mercado. Antes da guerra comercial, os agricultores já estavam pressionados por altos custos e baixos preços das colheitas, disse ele. “Então, seu maior cliente desapareceu”, resumiu.

Ragland observa que o tempo está se esgotando para que os dois governos cheguem a um acordo, já que a China encomendou soja de países como Brasil e Argentina para entregas até dezembro. Segundo ele, se não houver um acordo de soja em breve, Pequim pode ignorar completamente os Estados Unidos.

A soja é a principal exportação alimentar dos EUA, representando cerca de 14% de todos os produtos agrícolas enviados ao exterior. A China tem comprado, em média, 25% de toda a soja americana nos últimos anos. Os agricultores dos EUA cultivaram soja no valor de US$ 60,7 bilhões no ano de comercialização de 2022-2023, de acordo com a American Soybean Association — pouco mais da metade foi exportada.

O acordo ainda é provável.

A China impôs uma taxação de 20% sobre a soja americana desde que Trump anunciou suas tarifas globais na primavera, tornando os grãos dos EUA menos competitivos em preço.

As tarifas retaliatórias foram uma resposta às novas taxas de importação de Trump sobre produtos chineses, sob alegações de que Pequim não conseguiu conter o fluxo de produtos químicos usados na fabricação de fentanil, além das tarifas impostas no chamado “Dia da Libertação” de Trump, que foram reduzidas para 10%.

Analistas apontam que a China poderia aliviar as tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA caso a Casa Branca recuasse nas tarifas relacionadas ao fentanil — o que ainda não ocorreu. Gabriel Wildau, diretor administrativo da consultoria Teneo, afirmou que um acordo de soja é “o fruto mais fácil de colher” para ambos os governos.

A China precisa de grãos, e os EUA têm para vender. Custa basicamente nada para a China mudar para os grãos americanos e se afastar do Brasil e da Argentina”, disse Wildau.

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