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Clima frio atrasa início da colheita e exportações de suco de laranja começam safra 2025/26 em ritmo lento
Publicado 10/10/2025 • 12:02 | Atualizado há 4 horas
Publicado 10/10/2025 • 12:02 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
As exportações brasileiras de suco de laranja começaram a safra 2025/26 em ritmo mais lento. Entre julho e setembro, período que marca o primeiro trimestre da safra, o país embarcou 189,2 mil toneladas de FCOJ equivalente (suco concentrado congelado a 66º Brix), volume 4,4% menor que o registrado no mesmo período da safra anterior.
Em receita, os envios somaram US$ 713,6 milhões, queda de 17,6%, reflexo do aumento de oferta e da valorização limitada dos preços internacionais.
Segundo o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, o início da safra é considerado atípico. Dados do Fundecitrus, divulgados em 10 de setembro, mostram que até meados de agosto apenas 25% da colheita havia sido concluída, contra cerca de 50% no mesmo período do ano anterior.
“O clima mais frio atrasou a maturação dos frutos e retardou o início da colheita. Além disso, o mercado está mais exigente quanto à qualidade, o que implica frutas com maturação correta — e isso afeta o ritmo de processamento e exportação”, explica Netto.
De acordo com ele, a combinação de demora no processamento, estoques mais ajustados e demanda enfraquecida explica a desaceleração nas exportações do trimestre.
Isentas da tarifa adicional de 40%, as exportações brasileiras para os Estados Unidos seguem em trajetória positiva. Entre julho e setembro, o país importou 92,7 mil toneladas de FCOJ equivalente, alta de 37,7% em relação ao mesmo período da safra 2024/25.
Em receita, os embarques somaram US$ 310,2 milhões, um avanço de 17,3%, segundo dados da CitrusBR. Os EUA responderam por 49% do total exportado, consolidando-se como o principal destino do suco brasileiro no trimestre.
A Europa manteve-se como o segundo maior mercado para o suco de laranja brasileiro, com 47,8% de participação. No entanto, as importações do bloco caíram 22,8%, somando 88,9 mil toneladas, enquanto a receita recuou 31%, para US$ 363,4 milhões.
“A demanda continua sendo a principal preocupação na Europa”, afirma Netto. “Os altos preços da safra passada, somados a problemas de qualidade provocados pelo clima, afastaram consumidores, que migraram para outros produtos. Precisamos reconquistar parte desse público.”
O executivo participou, nos dias 1º e 2 de outubro, do Juice Summit, principal evento global do setor, realizado em Bruges, na Bélgica, onde o sentimento geral foi de cautela com relação à recuperação do consumo.
A China importou 3,4 mil toneladas de suco brasileiro no trimestre, queda de 44% em volume e 33,7% em receita, totalizando US$ 18,9 milhões. O país respondeu por 1,8% das exportações totais.
O Japão também reduziu suas compras, com apenas 1,6 mil toneladas e US$ 9,4 milhões em receita, o que representa recuos de 68,7% em volume e 62,5% em valor na comparação anual.
Outros mercados — reunidos na categoria “Outros” — totalizaram 2,6 mil toneladas, com US$ 11,7 milhões, queda de 36,6% em volume e 43,8% em receita.
Com a colheita atrasada e a demanda ainda enfraquecida em parte dos principais destinos, o setor prevê um ajuste gradual nos embarques até o fim do ano. A expectativa da CitrusBR é que, com o avanço da colheita e melhora na qualidade das frutas, o ritmo de exportações se acelere no segundo trimestre da safra.
“O desafio é equilibrar qualidade e competitividade. O consumidor internacional está mais seletivo, e o Brasil precisa manter sua posição como fornecedor de suco premium”, conclui Ibiapaba Netto.
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