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Publicado 27/12/2024 • 11:59
KEY POINTS
Vacas agrupadas em um campo
Foto: Freepik
A pedido dos produtores locais de carne de vaca, o Ministério de Comércio da China abriu uma investigação nesta sexta-feira (27) sobre o aumento de importação.
O Brasil, o maior fornecedor dos chineses, respondeu dizendo que o comércio não prejudica a indústria local chinesa, destacando sua relevância como fator complementar à produção interna daquele país (veja mais abaixo).
O preço da carne de vaca na China caiu nos últimos anos, e os produtores dizem que isso acontece porque a oferta é superior à demanda.
A China é um mercado importante para o Brasil e outros grandes exportadores de carne de vaca, como Argentina e Austrália. Há uma tarifa de 12% que incide sobre o produto importado.
Em nota, o Ministério afirmou que o aumento da importação teve um efeito adverso na indústria doméstica.
De acordo com o texto, em 2023, a importação foi 65% maior do que em 2019.
Durante a investigação, que deve durar 8 meses, a importação não será interrompida.
A China se consolidou como o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina. Em 2024, as exportações de carne bovina para o país asiático ultrapassaram 1 milhão de toneladas, com um aumento de 12,7% em relação a 2023.
O governo brasileiro, em parceria com o setor exportador, diz que buscará comprovar que a carne bovina exportada para a China não prejudica a indústria local chinesa, destacando sua relevância como fator complementar à produção interna daquele país.
A expectativa, segundo a nota, é de que a investigação siga seu curso de forma legal e respeitosa, com o Brasil defendendo os interesses do agronegócio, enquanto mantém o compromisso com o diálogo construtivo e soluções que sejam benéficas para ambas as partes.
A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) publicou uma nota na qual afirma que reconhece a “grande importância da China como parceiro comercial do Brasil e se orgulha do comércio de carne bovina com o País asiático, o qual contribui para complementar o abastecimento do mercado chinês com eficiência, competitividade e qualidade”.
O texto afirma que a associação “se coloca à disposição de autoridades do Brasil e da China, bem como dos parceiros comerciais da indústria da carne bovina brasileira, para colaborar com o procedimento de investigação, com confiança em uma solução equilibrada e que atenda aos interesses de ambos os mercados”.
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