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Maior oferta global deve manter o preço do leite mais barato no Brasil até 2026
Publicado 31/10/2025 • 09:27 | Atualizado há 7 horas
 
        
        
                            
                     
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Publicado 31/10/2025 • 09:27 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
 
                            Oferta global pressiona preços do leite e margens do produtor podem encolher até final de 2025
A produção mundial de leite atravessa um ciclo de expansão que deve manter os preços sob pressão até o início de 2026. Segundo estudo da consultoria global StoneX, o aumento da oferta em grandes países exportadores, como Estados Unidos, União Europeia e Argentina, ocorre em um momento de consumo moderado e tende a reduzir as margens da cadeia produtiva global.
O relatório foi apresentado no webinar “Mercado de Lácteos: Panorama e Oportunidades até o final de 2025” e indica que o cenário de excesso de produção, somado ao comportamento de custos agrícolas e às condições climáticas, pode limitar o espaço para valorização do leite no curto prazo.
Nos Estados Unidos, os preços iniciaram 2025 em retração, acompanhando a queda na manteiga e em outros derivados. O diretor de Inteligência de Mercado da StoneX, Nate Donnay, explicou que a oferta tem crescido acima da demanda, apoiada por ganhos genéticos no rebanho e aumento da eficiência na indústria.
Mesmo com custos estáveis, o analista prevê um recuo gradual nas margens a partir do fim de 2025. “Os produtores ainda têm lucro, mas a combinação de preços mais baixos e aumento do abate de vacas pode mudar essa dinâmica no próximo ano”, afirma.
O ambiente na União Europeia repete o padrão de margens positivas observado em 2024, mas com riscos maiores. A propagação da língua azul — doença que afetou rebanhos de vacas leiteiras na Alemanha, França e Reino Unido — tende a alterar o equilíbrio produtivo e gerar excedentes justamente no período de menor atividade industrial.
De acordo com John Lancaster, diretor de Consultoria em Laticínios e Alimentos da StoneX para a região EMEA (Europa, África e Oriente Médio), a oferta deve seguir firme, mas as exportações de queijos e derivados perderam competitividade.
“O impacto imediato será contido, mas o bloco europeu deve enfrentar margens mais estreitas a partir de 2026”, observa.
No mercado brasileiro, o efeito é indireto, mas significativo. A consultora Marianne Tufani, da StoneX, lembra que as importações equivalem a cerca de 13% do consumo nacional, o suficiente para influenciar o preço interno.
“Quando os valores internacionais recuam, o leite importado se torna mais competitivo e reduz a procura pelo produto nacional. Esse movimento pressiona o preço pago ao produtor e tem peso maior num mercado de baixa elasticidade”, explica.
Segundo a analista, a relação de troca entre o leite e a arroba da vaca gorda segue desfavorável, sobretudo em São Paulo e Goiás, o que reduz o incentivo à produção. “Se o custo do milho continuar cedendo, há chance de melhora das margens em 2026, mais por redução de despesa do que por aumento de preço”, diz.
A safra recorde de milho no Brasil e nos Estados Unidos contribui para reduzir os custos de nutrição animal, aliviando parte da pressão sobre o produtor. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta estoques acima de 23 milhões de toneladas nos EUA em 2026, cenário que sustenta preços mais baixos para o grão.
Mesmo assim, o clima segue no radar. O fortalecimento do fenômeno La Niña pode provocar estiagens no Sul do Brasil, revertendo a tendência de queda dos custos e impactando a produção de leite.
O consumo brasileiro mostra sinais mistos: a queda recente da inflação de alimentos favorece as compras, mas o endividamento das famílias, que atinge até 60% em algumas regiões, limita a recuperação plena da demanda.
“Há um estímulo sazonal no fim do ano, com o 13º salário e as festas, mas o comportamento do consumidor ainda depende da confiança e das condições de crédito”, afirma Tufani.
No balanço da StoneX, a tendência é de mercado lateralizado a baixista até o primeiro trimestre de 2026. A oferta abundante nos grandes exportadores, o câmbio e a evolução da safra de grãos devem continuar determinando o ritmo dos preços no Brasil. Pequenos repiques não estão descartados, mas a pressão de oferta permanece como fator dominante no mercado global de lácteos.
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