Lucro da Johnson & Johnson dobra no terceiro trimestre e passa dos US$ 5 bilhões com farma e dispositivos médicos

A Johnson & Johnson elevou sua projeção de faturamento para este ano após reportar um aumento em suas divisões de medicamentos e dispositivos médicos no terceiro trimestre de 2025.

A companhia espera agora receita entre US$ 93,5 bilhões e US$ 93,9 bilhões neste ano, acima da faixa anterior de US$ 93,2 bilhões a US$ 93,6 bilhões. A previsão de lucro ajustado por ação foi mantida entre US$ 10,80 e US$ 10,90.

No trimestre, a empresa registrou lucro líquido de US$ 5,15 bilhões, alta de 91% em relação aos US$ 2,69 bilhões do mesmo período de 2024. O lucro por ação ficou em US$ 2,12, enquanto o resultado ajustado atingiu US$ 2,80 — acima da expectativa de analistas, que era de US$ 2,76. A receita avançou 6,8%, totalizando US$ 23,99 bilhões, superando a projeção de US$ 23,76 bilhões.

O CEO Joaquin Duato afirmou que a J&J vive “uma nova era de crescimento e inovação acelerada”, com foco em seis áreas terapêuticas prioritárias: oncologia, imunologia, neurociência, cardiovascular, cirurgia e visão. Ele também confirmou o plano de cisão da unidade de ortopedia, parte do processo de simplificação das operações da companhia.

O desempenho foi sustentado pela força do portfólio farmacêutico, que cresceu 6,8% com destaque para os medicamentos Darzalex e Carvykti (oncologia), Tremfya e Simponi (imunologia) e Spravato (depressão). A queda nas vendas de Stelara e Imbruvica, cujas patentes começaram a expirar, reduziu parte dos ganhos.

A divisão de dispositivos médicos também cresceu 6,8%, impulsionada pelos negócios de Abiomed e Shockwave, especializados em tecnologias cardiovasculares. Produtos de eletrofisiologia, fechamento de feridas e visão cirúrgica também contribuíram para o resultado positivo.

Regionalmente, as vendas subiram 6,2% nos Estados Unidos, para US$ 13,7 bilhões, e 7,6% nos mercados internacionais, totalizando US$ 10,3 bilhões. A empresa registrou fluxo de caixa livre de aproximadamente US$ 14,2 bilhões, em linha com o mesmo período do ano anterior.

A Johnson & Johnson reafirmou a meta de manter margens sólidas em meio ao aumento de custos tributários e destacou que a pipeline de inovação continua avançando. Entre os destaques do trimestre estão as aprovações do Inlexzo para câncer de bexiga não invasivo, a versão subcutânea do Tremfya para colite ulcerativa e a submissão do icotrokinra para psoríase em placas.

Com o crescimento equilibrado entre as divisões e a revisão positiva das projeções, a empresa reforça sua posição como uma das líderes globais do setor de saúde, com geração consistente de caixa e expansão em terapias de alta complexidade.

Allan Ravagnani

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