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Co-fundador da Tesla, JB Straubel, usa baterias antigas de carros elétricos para abastecer data centers de IA
Publicado 05/08/2025 • 11:59 | Atualizado há 16 horas
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Publicado 05/08/2025 • 11:59 | Atualizado há 16 horas
KEY POINTS
Divulgação Climate One.
JB Straubel, co-fundador da Tesla.
Com a demanda por energia disparando por causa do avanço da inteligência artificial, um dos cofundadores da Tesla aposta em uma nova solução: dar uma segunda chance às baterias usadas de carros elétricos.
JB Straubel, que ajudou a fundar a Tesla e foi diretor de tecnologia da empresa até 2019, criou a Redwood Materials em 2017, com o objetivo de reciclar baterias e criar uma cadeia de suprimentos fechada para veículos elétricos. Mas, conforme a Redwood começou a receber mais baterias usadas, a startup percebeu que a maioria delas ainda tinha bastante capacidade de uso.
Em vez de simplesmente reciclar, a empresa agora está reaproveitando essas baterias em projetos de microrredes, que podem fornecer armazenamento de energia barato para data centers novos e já existentes.
“A gente está basicamente encontrando um jeito de extrair ainda mais valor dessas baterias”, disse Straubel à CNBC.
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No seu primeiro projeto de microrrede, a Redwood fez parceria com a Crusoe, conhecida pelo enorme data center de IA que está construindo em Abilene, no Texas, como parte do Stargate, um projeto de infraestrutura para IA de US$ 500 bilhões (cerca de R$ 2,75 trilhões), apoiado por empresas como OpenAI, Oracle, SoftBank e outras.
Segundo a Redwood, o sistema é o maior desse tipo na América do Norte. Ele gera 12 megawatts de energia por meio de painéis solares e possui capacidade para 63 megawatt-hora, usando baterias de carros elétricos reaproveitadas.
“No setor de energia, o sonho sempre foi ter energia renovável 24 horas por dia, mas até hoje o custo das baterias era alto demais”, afirma Cully Cavness, cofundador, COO e presidente da Crusoe.
O mercado global de data centers está crescendo rapidamente por causa da explosão da IA. Segundo o Goldman Sachs, a expectativa é que a IA provoque um aumento de 165% na demanda por energia de data centers até 2030. Tanto a Redwood quanto a Crusoe enxergam os data centers como grandes beneficiados dessa tecnologia, ajudando empresas gigantes a operar com rapidez e segurança, sem abrir mão do custo acessível.
“É uma solução eficiente, fácil de instalar, escalável, com energia renovável 24/7 e computação para IA, tudo em um pacote só”, diz Cavness.
A Redwood afirma ter mais de um gigawatt-hora em baterias reutilizáveis no estoque — o que equivale a 12.500 televisores — e já está desenvolvendo projetos de mais de 100 megawatts, até dez vezes maiores que o projeto-piloto feito com a Crusoe.
“A possibilidade de expansão desse modelo é praticamente ilimitada”, disse Straubel à CNBC. “A gente pode usar a mesma arquitetura e multiplicar por 100 ou mais. Já estamos trabalhando em projetos de engenharia desse porte.”
Além do negócio de reciclagem, a Redwood agora vai disputar espaço em um mercado de armazenamento de energia que não para de crescer, concorrendo com gigantes como a própria Tesla, que já tem sucesso nesse setor com seu Megapack. Mas especialistas dizem que há espaço de sobra para novos participantes atenderem à demanda.
“A demanda futura por armazenamento de energia, especificamente, é enorme. Por isso, não surpreende ver empresas que nunca atuaram nesse setor querendo entrar”, diz Pete Tillotson, analista sênior da Benchmark Mineral Intelligence. “Imagino que essa ideia de dar uma segunda vida às baterias vai ser usada em projetos mais focados e um pouco menores, talvez para clientes que precisam economizar ao máximo.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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