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Como a Disney pretende transformar IA em nova fonte de receita? Veja estratégia
Publicado 12/12/2025 • 07:00 | Atualizado há 28 minutos
Publicado 12/12/2025 • 07:00 | Atualizado há 28 minutos
KEY POINTS
O centro do acordo está na liberação de personagens icônicos - Foto: reprodução Disney World
Como a Disney pretende transformar IA em nova fonte de receita
A Walt Disney Company deu mais um passo para integrar a inteligência artificial, a empresa anunciou um investimento de US$ 1 bilhão em ações da OpenAI e fechou um acordo de licenciamento que permitirá o uso de mais de 200 personagens clássicos no Sora, aplicativo de criação de vídeos da startup.
O CEO da empresa, Bob Iger, afirmou à CNBC que a iniciativa deve ampliar a receita da companhia e abrir novas linhas de negócio no longo prazo.
O centro do acordo está na liberação de personagens icônicos, como Mickey Mouse, Darth Vader e Cinderela, para criação de vídeos dentro do Sora, aplicativo da OpenAI.
Segundo uma matéria publicada no Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, o Sora viralizou logo após o lançamento ao permitir gerar vídeos apenas com comandos de texto. Usuários do ChatGPT Imagens também poderão acessar a mesma biblioteca para criar imagens.
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O contrato, válido por três anos, estabelece exclusividade à OpenAI nesse período inicial e inclui o pagamento de taxas de licenciamento à Disney.
Iger destacou que a iniciativa não representa risco para criadores ou artistas, já que nomes, vozes e imagens dos intérpretes não fazem parte do pacote.
“Queremos participar do que Sam está criando, do que sua equipe está criando”, disse Iger. “Acreditamos que este é um bom investimento para a empresa”, afirmou para a CNBC.
A estratégia abre uma nova frente de monetização, pois a transformação do catálogo de propriedade intelectual da empresa em conteúdo gerado por usuários em plataformas de IA.
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A prática amplia o alcance de franquias já estabelecidas e cria uma forma inédita de explorar financeiramente ativos históricos da marca.
O investimento bilionário em ações da OpenAI também tem papel estratégico. Iger classificou a operação como “porta de entrada” para uma tecnologia que deve reconfigurar diversos setores, inclusive o de entretenimento.
Segundo o executivo, a aposta se baseia na evolução acelerada da OpenAI e na postura da empresa em relação ao licenciamento de conteúdo.
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Barton Crockett, analista ouvido pela CNBC, considerou o movimento “um grande endosso” à startup e reforçou que companhias de mídia precisam se antecipar à revolução dos conteúdos gerados por inteligência artificial.
A participação acionária funciona, assim, como um posicionamento para ganhos futuros e como forma de influenciar o desenvolvimento de ferramentas que impactarão diretamente o mercado de entretenimento.
Além do licenciamento, a Disney vê a IA como aliada para aprimorar processos internos e estratégias de marketing. Iger citou que nenhuma geração resistiu ao avanço tecnológico e que a companhia pretende incorporar essas soluções nos fluxos de produção, distribuição e comunicação.
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Com o crescimento de plataformas como o Sora e a capacidade de gerar vídeos em larga escala a partir de textos, a empresa avalia que pode otimizar atividades, reduzir custos operacionais e fortalecer campanhas publicitárias com conteúdos personalizados.
“Nenhuma geração humana jamais conseguiu impedir o avanço tecnológico, e não pretendemos ser os primeiros”, disse Iger.
A parceria também ajuda a companhia a manter controle sobre o uso de sua propriedade intelectual em ambientes digitais cada vez mais complexos.
A definição de diretrizes de uso, construída com a OpenAI, permitirá que a Disney estabeleça limites e padrões para preservar suas marcas.
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Para Iger, o acordo representa um movimento alinhado ao futuro do entretenimento. Ele considera que a integração entre criação humana e IA não ameaça o trabalho de artistas e, ao contrário, pode valorizá-lo ao manter regras claras e compensações financeiras.
O licenciamento para o Sora, a participação na OpenAI e o uso de IA em operações internas formam um conjunto de iniciativas que deve gerar novas entradas de caixa.
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As ações da Disney subiram mais de 1% após o anúncio, refletindo a percepção de investidores de que a companhia está se posicionando para lucrar com a próxima onda tecnológica.
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