Publicado 20/12/2024 • 16:54
KEY POINTS
John Donahoe (à esquerda), ex-CEO da Nike, e Pat Gelsinger (à direita), ex-CEO da Intel
Fotos: Flicker/World Economic Forum Annual Meeting
Mais de 300 empresas dos Estados Unidos trocaram seus diretores-executivos em 2024, de acordo com a empresa de consultoria Challenger, Gray & Christmas.
O número preciso de mudanças na liderança de grandes corporações anunciadas até novembro é de 327, um recorde desde que os dados começaram a ser registrados em 2010. É um aumento de 8,6% em relação ao ano anterior.
Entre as empresas que passaram por transições estão gigantes como Boeing, Nike, Starbucks, Intel e Peloton.
Essas mudanças refletem as crescentes pressões enfrentadas pelos líderes corporativos devido a desafios estratégicos, mudanças no mercado e a impaciência de investidores e conselhos administrativos em um cenário econômico favorável, mas competitivo.
As substituições de CEOs desaceleraram durante a pandemia, quando as empresas enfrentaram dificuldades como lockdowns, interrupções na cadeia de suprimentos e adaptação ao trabalho remoto.
No entanto, com a recuperação econômica, fatores como aumento dos custos de capital, inflação e mudanças nos hábitos dos consumidores aceleraram a rotatividade de lideranças.
“Em mercados fortes, qualquer desempenho abaixo do esperado fica mais evidente, e os conselhos tomam decisões mais rápidas do que fariam há alguns anos”, afirmou Clarke Murphy, diretor da Russell Reynolds Associates, especializada em consultoria de liderança.
Empresas voltadas ao consumo, como Nike e Starbucks, são particularmente suscetíveis a mudanças devido às constantes oscilações nas preferências dos consumidores.
Esses setores apresentam maior rotatividade de CEOs em comparação a indústrias mais estáveis, como energia e serviços públicos, que costumam ter líderes com maior tempo de mandato.
A crescente rotatividade na liderança reflete o dinamismo e a complexidade do ambiente corporativo atual. Setores voltados ao consumidor, em particular, continuarão sob pressão para inovar e atender às expectativas de mercado.
Ao mesmo tempo, o aumento nos custos de capital e a velocidade das transformações exigirão líderes cada vez mais ágeis e estratégicos.
As mudanças na liderança, embora desafiadoras, também representam oportunidades para as empresas se reinventarem e se adaptarem às novas dinâmicas de mercado.
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