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CNBC Palantir ultrapassa US$ 1 bilhão em receita pela primeira vez e eleva projeções

Empresas & Negócios

Tarifaço não afeta Embraer, que tem resultado histórico, com recorde em receitas e pedidos

Publicado 05/08/2025 • 08:30 | Atualizado há 2 horas

Da Redação

KEY POINTS

  • Carteira de pedidos da Embraer alcança US$ 29,7 bilhões, maior valor da história da empresa, com avanço expressivo em todas as áreas de negócio
  • Aviação Executiva lidera crescimento com alta de 74% nas receitas, impulsionada por maior volume de entregas, disciplina de preços e melhor mix de produtos
  • Embraer mantém todas as projeções financeiras e operacionais para o ano, indicando confiança nos resultados futuros apesar do ambiente global desafiador
  • Companhia reforça guidance para 2025 mesmo após imposição de tarifas pelos EUA, com previsão de receita acima de US$ 7 bilhões, EBIT ajustado entre 7,5% e 8,3%, e fluxo de caixa positivo

Imagem de avião da família E2 em Gavião Peixoto

David Branco Filho/Embraer

A Embraer divulgou na manhã desta terça-feira (5) uma receita líquida de R$ 10,3 bilhões no segundo trimestre de 2025, um avanço de 30,9% em relação ao mesmo período de 2024. Tratando-se do maior faturamento da companhia em um segundo trimestre desde sua fundação, em 1969.

Todas as unidades de negócio apresentaram crescimento. A Aviação Executiva foi o principal destaque, com R$ 3,1 bilhões em receita, seguida por Serviços & Suporte (R$ 2,6 bilhões), Aviação Comercial (R$ 3,2 bilhões) e Defesa & Segurança (R$ 1,3 bilhão).

O EBIT (lucro antes de juros e impostos) ajustado alcançou R$ 1,1 bilhão, com margem de 10,6%, 1,1 ponto percentual superior aos 9,2% registrados no mesmo período do ano passado.

Entregas

A Embraer entregou 61 aeronaves no segundo trimestre, contra 47 no 2T24 — um aumento de 30%. O detalhamento das entregas mostrou:

  • 19 jatos comerciais (10 modelos E2 e 9 E1), número estável em relação ao 2T24
  • 38 jatos executivos, sendo 21 modelos leves e 17 médios (+41% YoY)
  • 4 aeronaves de Defesa, todas A-29 Super Tucano

Backlog recorde

A carteira firme de pedidos (backlog) atingiu US$ 29,7 bilhões no 2T25, um crescimento de 13% em relação ao 1T25 e 40% acima do 2T24 — o maior valor já registrado pela empresa.

Houve crescimento em todas as unidades:

  • Defesa & Segurança: +100% em base anual
  • Aviação Executiva: +62%
  • Serviços & Suporte: +55%
  • Aviação Comercial: +16%

Guidance mantido para 2025

Mesmo com as tarifas impostas (e depois suas exceções) recentemente pelos Estados Unidos, a Embraer informou que não houve impacto relevante nos resultados do segundo trimestre.

A companhia manteve suas projeções para 2025, em dólares (US$):

  • Receita líquida consolidada deve encerrar o ano entre US$ 7,0 bilhões e US$ 7,5 bilhões
  • Margem EBIT ajustada entre 7,5% e 8,3%
  • Fluxo de caixa livre ajustado de US$ 200 milhões ou mais
  • Entregas esperadas:
    • 77 a 85 jatos comerciais
    • 145 a 155 jatos executivos

Desempenho por unidade

Aviação Comercial

A receita foi de R$ 3,2 bilhões, com crescimento de 11% em relação ao 2T24. A margem bruta subiu de 9,1% para 10,1%, beneficiada por melhor mix de produtos e clientes. Já o EBIT ajustado recuou levemente de 4,4% para 4,2%, por conta de efeitos não recorrentes no ano anterior.

Aviação Executiva

As receitas chegaram a R$ 3,1 bilhões, com alta de 74% sobre o 2T24, impulsionadas por preços mais elevados, maior volume de entregas e produtos com maior valor agregado. A margem bruta subiu para 21%, e o EBIT ajustado foi de 14,6%, contra 11,4% um ano antes.

Defesa & Segurança

A área teve receita de R$ 1,26 bilhão (+28,4%), com maior volume de entregas do A-29 e do KC-390. A margem bruta aumentou de 8,8% para 19,5%, enquanto o EBIT ajustado passou de -0,5% para 9,3%.

Serviços & Suporte

A receita foi de R$ 2,6 bilhões (+23%), com destaque para manutenção de motores e suporte à frota de aviação comercial. A margem bruta foi de 28,9% (vs. 25,8% no 2T24). Já o EBIT ajustado caiu ligeiramente para 15,6% (vs. 16,8%), impactado por ajustes contábeis.

Outros negócios

Incluindo Aviação Agrícola (Ipanema), a Tempest (cibersegurança) e a nova divisão de trens de pouso, a receita somou R$ 93 milhões (+21,2%).

Dividendos

A companhia brasileira aprovou o pagamento de R$ 51,4 milhões em dividendos (R$ 0,07 por ação) com base no exercício de 2024, pagos em 23 de maio de 2025. Também declarou R$ 142,8 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) referentes ao 1T25 (R$ 0,19 por ação).

A empresa pretende manter a política de remuneração mínima de 25% do lucro líquido, com possibilidade de pagamento complementar anual aprovado em assembleia.

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