A Azul (AZUL4) e o grupo Abra, controlador da Gol (GOLL3), assinaram na última quarta-feira (15) um memorando de entendimento para uma eventual fusão entre as duas empresas. E segundo Artur Horta, analista de investimentos da GTF Capital, o acordo pode transformar o cenário da aviação no Brasil.
No entanto, o especialista alerta que o acordo ainda é inicial e repleto de desafios, tanto regulatórios quanto societários. “Estamos falando de um mercado pequeno, com poucas companhias de grande porte, como a Azul e a Gol, e de uma fusão complexa, que deve levar meses para ser concluída”, afirmou Horta, em entrevista ao jornal ‘Agora’ desta quinta-feira (16).
Entre as dificuldades, o especialista destacou a recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, prevista para ser encerrada em maio, e as negociações da Azul com credores. “Ambas as companhias enfrentaram dificuldades financeiras nos últimos anos e precisam resolver essas pendências antes de avançar para as discussões societárias”, explicou.
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Além disso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) terão papel crucial na avaliação do impacto da fusão, especialmente considerando que a nova empresa concentraria cerca de 60% do mercado doméstico.
Para os consumidores, a fusão pode trazer consequências variadas, como aumento de preços em rotas menos concorridas e maior competitividade em trechos dominados pela Latam, terceira maior concorrente.
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