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Google lidera semana histórica para tecnologia; megacaps chegam a US$ 21 tri em valor de mercado

Publicado 05/09/2025 • 18:11 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • As ações da Alphabet e da Apple dispararam após uma decisão favorável ao Google na parte de punições do processo antitruste.
  • A Broadcom foi impulsionada por um novo cliente que fechou um contrato de US$ 10 bilhões (R$ 54,4 bilhões).
  • No total, as oito gigantes da tecnologia ganharam mais de US$ 400 bilhões (R$ 2,1 trilhões) em valor de mercado e agora representam mais de 36% do S&P 500.

Foto: Anthony Quintano/Wikipedia Commons

Apesar das três multas consecutivas em menos de uma semana, a resolução do processo antitruste envolvendo o Google provocou fortes altas nas ações da Alphabet e da Apple. Os acionistas da Broadcom comemoraram a chegada de um novo cliente com contrato de US$ 10 bilhões (R$ 54,4 bilhões). Já as ações da Tesla subiram após a divulgação de um novo pacote de remuneração para o CEO Elon Musk.

No total, as oito empresas de tecnologia dos Estados Unidos avaliadas em mais de US$ 1 trilhão cada registraram um aumento conjunto de US$ 420 bilhões (R$ 2,28 trilhões) em seus valores de mercado nesta semana, levando o total para US$ 21 trilhões (R$ 114,3 trilhões), mesmo com a queda das ações da Nvidia.

Essas companhias agora representam cerca de 36% do S&P 500, uma fatia tão grande que, segundo Howard Silverblatt, analista sênior do S&P Dow Jones Indices, não há nada parecido na história do índice. “Não existe comparação”, disse ele por e-mail à CNBC.

O curioso é que esse desempenho positivo veio justamente em uma semana de pressão regulatória.

A alta de 9% da Alphabet na quarta-feira (3) está diretamente ligada à tentativa do governo dos Estados Unidos de reduzir o domínio do Google no mercado de buscas — parte de um esforço de anos para frear o poder das gigantes de tecnologia. Desde 2020, Google, Apple, Amazon e Meta vêm enfrentando acusações antitruste do Departamento de Justiça ou da Comissão Federal de Comércio (FTC).

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No ano passado, o Google perdeu para o Departamento de Justiça em um resultado considerado por muitos como a decisão antitruste mais importante para o setor desde o processo contra a Microsoft, há mais de 20 anos. Mas, nesta semana, o juiz distrital Amit Mehta decidiu que o Google não será obrigado a vender o navegador Chrome, apesar da derrota no tribunal, e aplicou uma punição mais leve, exigindo apenas que a empresa compartilhe dados de buscas com concorrentes.

A decisão impulsionou também as ações da Apple, já que as duas companhias poderão manter o acordo bilionário que torna o Google o buscador padrão do iPhone. Ao longo da semana, a Alphabet subiu mais de 10% e a Apple ganhou 3,2%, ajudando a elevar o Nasdaq em 1,1%.

Em relatório, analistas da Wedbush Securities disseram que a decisão “tirou um peso enorme” das ações do Google e afastou uma “nuvem negra” que pairava sobre a Apple. Segundo eles, isso abre caminho para que as empresas fechem um acordo ainda maior em inteligência artificial, envolvendo o Gemini, modelo de IA do Google.

“Agora, isso permite que a Apple continue o acordo e, provavelmente, invista ainda mais em parcerias de IA com o Google Gemini no futuro”, escreveram os analistas.

O juiz Mehta explicou que um dos principais motivos para sua decisão foi a ascensão da inteligência artificial generativa, que tornou o mercado de buscas muito mais competitivo e mudou totalmente a dinâmica do setor.

Segundo Mehta, novos players como OpenAI, Anthropic e Perplexity vêm mudando o jogo e diminuindo o domínio do Google, destacando que as tecnologias de IA generativa “ainda podem virar o jogo”.

Nesta sexta-feira (5), os investidores da Alphabet pouco se abalaram com outro caso antitruste, desta vez vindo da Europa. A empresa foi multada em 2,95 bilhões de euros (R$ 18,7 bilhões) pela União Europeia por práticas anticompetitivas no mercado de tecnologia de anúncios.

Broadcom dispara

Enquanto a OpenAI impulsionou indiretamente Google e Apple nesta semana, foi ainda mais decisiva para a disparada das ações da Broadcom.

Após divulgar resultados acima do esperado na quinta-feira (4), o CEO Hock Tan contou a analistas que a fabricante de chips fechou um contrato de US$ 10 bilhões (R$ 54,4 bilhões) com um novo cliente, que se tornará o quarto grande parceiro de IA da empresa.

Vários analistas afirmaram que esse novo cliente é a OpenAI, e o Financial Times noticiou uma parceria entre as duas companhias.

A Broadcom entrou recentemente para o seleto grupo das empresas trilionárias, graças aos chips personalizados para IA já utilizados por Google, Meta e pela ByteDance, dona do TikTok. Com a alta de 13% nesta semana, as ações da Broadcom acumulam valorização de 120% em 12 meses, elevando seu valor de mercado para cerca de US$ 1,6 trilhão (R$ 8,71 trilhões).

“A companhia está com todas as áreas aceleradas e tem ótima perspectiva de crescimento, sustentada por uma carteira de pedidos robusta”, afirmaram analistas do Barclays, que mantiveram a recomendação de compra e elevaram o preço-alvo das ações.

Desempenho misto das outras megacaps de tecnologia

Para outra gigante dos chips de IA, a semana não foi das melhores.

As ações da Nvidia caíram mais de 4% na semana encurtada pelo feriado, sendo o pior desempenho entre as megacaps. Não houve nenhuma notícia negativa relevante, mas o papel já acumula quatro semanas seguidas de queda.

Mesmo assim, a Nvidia segue como a empresa mais valiosa do setor, com valor de mercado acima de US$ 4 trilhões (R$ 21,78 trilhões) e alta de 56% em 12 meses.

A Microsoft também caiu nesta semana, acumulando cinco semanas de queda. Apesar disso, as ações ainda sobem 21% no acumulado de 12 meses.

Por outro lado, a Tesla ficou para trás no grupo das grandes. As ações da montadora de carros elétricos caíram 13% no ano, refletindo quedas nas vendas, aumento da concorrência de fabricantes chinesas mais baratas e uma linha de modelos envelhecida.

Mas, nesta semana, os papéis da Tesla subiram 5%, principalmente após a empresa anunciar, na sexta-feira (5), que quer que os acionistas aprovem um plano de remuneração para Elon Musk que pode chegar a quase US$ 1 trilhão (R$ 5,44 trilhões).

Os pagamentos, divididos em 12 etapas, só serão liberados se a Tesla alcançar uma valorização expressiva, começando pela primeira parcela, que só será paga se a empresa quase dobrar o valor de mercado e atingir US$ 2 trilhões (R$ 10,89 trilhões).

A presidente do conselho da Tesla, Robyn Denholm, disse ao jornalista Andrew Ross Sorkin, da CNBC, que o plano foi criado para manter Musk, o homem mais rico do mundo, “motivado e focado em entregar resultados para a empresa”.

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