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‘Inflação invisível’: saiba o que faz seu dinheiro perder valor com produtos que duram menos
Publicado 09/10/2025 • 12:49 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 09/10/2025 • 12:49 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
A inflação não aparece apenas no supermercado ou no posto de gasolina. Ela também está nas prateleiras e dentro das casas, de forma silenciosa e constante.
O alerta é do especialista Marcelo Gontijo, CEO da Novoto, que chama o fenômeno de “inflação invisível” — quando o dinheiro perde valor porque os produtos entregam menos, duram menos ou perdem qualidade ao longo do tempo.
“Existe uma inflação que não está nos índices oficiais, mas no dia a dia das famílias. Ela faz com que o consumidor gaste o mesmo e receba menos em troca”, explica.
A raiz do problema está na ausência de regras claras sobre a durabilidade dos bens de consumo.
Atualmente, não há nenhuma regulamentação do Inmetro sobre o prazo médio de vida útil de eletrodomésticos ou eletrônicos. Cada fabricante define o tempo que seus produtos devem durar sem precisar seguir parâmetros técnicos.
A Portaria Inmetro nº 148, de 2022, garante apenas a segurança de uso, mas não estabelece padrões mínimos de resistência ou durabilidade. Já o Código de Defesa do Consumidor protege contra defeitos, mas também não define quanto tempo o produto deveria durar em condições normais de uso.
Segundo Gontijo, a inflação invisível se manifesta de três formas principais no consumo atual:
Reduflação – ocorre quando o produto diminui de tamanho, mas o preço continua igual. Um pacote de biscoitos que antes vinha com 150g passa a ter 120g, sem desconto.
Alterflação – aparece quando o fabricante substitui insumos por versões mais baratas. O produto mantém o mesmo peso e preço, mas perde qualidade, como ocorre com o “sabor chocolate” em vez do “chocolate”.
Inflação eletrônica – é o caso da obsolescência programada, com aparelhos que quebram antes do esperado. Falta de peças, materiais frágeis e lançamentos constantes reduzem o ciclo de vida de produtos como celulares e geladeiras.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), as pessoas esperam que seus aparelhos durem de dois a três anos a mais do que de fato duram hoje.
A perda não é apenas financeira. A substituição constante de bens também gera impactos ambientais, ao aumentar a produção de lixo eletrônico e o descarte de materiais.
“Produtos que quebram rápido significam mais desperdício e mais pressão sobre o orçamento familiar. É um custo duplo: para o bolso e para o planeta”, afirma Gontijo.
Ele defende que o consumidor conheça esses mecanismos e use a informação como ferramenta de defesa.
“Entender como essas práticas funcionam é o primeiro passo para fazer escolhas mais conscientes e cobrar qualidade dos fabricantes”, completa.
Na ausência de regras específicas sobre a durabilidade dos produtos, o especialista orienta que os consumidores guardem notas fiscais, registrem garantias e acompanhem prazos de cobertura.
Algumas plataformas oferecem suporte nesse processo, armazenando documentos e enviando alertas automáticos de garantia.
“O objetivo é ajudar as pessoas a manterem o controle sobre seus bens e evitar perdas por falta de informação”, explica.
Para ele, o caminho para enfrentar a inflação invisível passa por uma mudança de mentalidade:
“Não se trata de comprar o mais barato, mas de comprar melhor. Quando o produto dura menos, o dinheiro também dura menos.”
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