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Jeff Bezos e Amazon tentaram comprar a Netflix, diz cofundador: ‘Dissemos não e trabalhamos pra caramba’

Publicado 17/04/2025 • 11:22 | Atualizado há 2 meses

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • Muita gente aceitaria de imediato a chance de vender sua startup por oito dígitos. Mas não foi o caso de Marc Randolph e Reed Hastings.
  • Nos primeiros anos da Netflix, os dois cofundadores receberam uma ligação informando que Jeff Bezos queria conhecê-los, contou Hastings em um episódio de dezembro do podcast First Time Founders with Ed Elson.
  • Ao chegarem à sede da Amazon em Seattle, ficou claro que Bezos queria comprar a Netflix para impulsionar a entrada da Amazon no mercado de vídeos, segundo Hastings.
Reed Hastings, cofundador e CEO da Netflix, durante discurso de abertura na feira CES 2016, em Las Vegas.

Reed Hastings, cofundador e CEO da Netflix, durante discurso de abertura na feira CES 2016, em Las Vegas.

REUTERS/Steve Marcus TPX IMAGES OF THE DAY

Muita gente aceitaria de imediato a chance de vender sua startup por oito dígitos. Mas não foi o caso de Marc Randolph e Reed Hastings.

Nos primeiros anos da Netflix, os dois cofundadores receberam uma ligação informando que Jeff Bezos queria conhecê-los, contou Hastings em um episódio de dezembro do podcast First Time Founders with Ed Elson. Ao chegarem à sede da Amazon em Seattle, ficou claro que Bezos queria comprar a Netflix para impulsionar a entrada da Amazon no mercado de vídeos, segundo Hastings.

“Nunca chegou a ser uma proposta formal. Foi algo mais exploratório”, acrescentou.

O ano era 1998, e a equipe de Bezos ofereceu à Netflix “algo na casa baixa dos oito dígitos” para adquirir a empresa, disse Randolph à CNBC Make It em 2019. Naquela época, a Amazon também era uma empresa jovem — tinha apenas quatro anos e havia estreado na bolsa um ano antes, levantando US$ 54 milhões —, mas fez uma série de aquisições naquele ano, desde outras livrarias online até negócios não relacionados a livros, como o IMDb.com.

“Quando alguém usa a expressão ‘casa baixa dos oito dígitos’, isso quer dizer mal e mal oito dígitos. Provavelmente algo entre US$ 14 milhões e US$ 16 milhões”, escreveu Randolph em sua autobiografia de 2019, That Will Never Work.

Os fundadores da Netflix discutiram os prós e contras da venda durante o voo de volta para casa, contou Randolph à CNBC. A empresa ainda não dava lucro; não tinha um modelo de negócios repetível, escalável ou rentável; e, embora estivessem movimentando bastante, principalmente com a venda de DVDs, os custos eram altos.

Mas ambos sabiam que estavam “à beira de algo grande”, afirmou Randolph. A Netflix tinha descoberto como obter praticamente todos os DVDs disponíveis no mercado, tornando-se “indiscutivelmente a melhor fonte de DVDs na internet”, disse ele.

Eles decidiram durante o voo que não parecia o momento certo para desistir e recusaram a proposta “educadamente” assim que aterrissaram, contou Randolph. A decisão ensinou a ele que, quando uma oportunidade aparece, você não precisa necessariamente abrir a porta, mas deve ao menos espiar pelo buraco da fechadura.

“Dissemos não e [então] trabalhamos pra caramba por 20 anos”, disse Hastings.

Em 2000, a dupla se viu em uma situação semelhante com a Blockbuster — mas, dessa vez, foram eles que tentaram fechar um acordo. Randolph e Hastings queriam vender a empresa por US$ 50 milhões, mas o CEO John Antioco não os levou a sério e chegou até a conter o riso, escreveu Randolph para a Vanity Fair em 2019.

“Percebemos que, se quiséssemos crescer de verdade, teríamos que enfrentar uma grande batalha com eles”, disse Hastings. “Pensamos: ‘E se a gente oferecesse 50% e ajudasse eles a lucrar… ’ Mas eles eram uma grande corporação séria. E nós, um bando de jovens improvisando no Vale do Silício… Eles não viram necessidade nem interesse em nos comprar.”

Randolph deixou a Netflix em 2003, e Hastings hoje atua como presidente executivo da empresa. Atualmente, a Netflix é uma gigante do streaming e da produção de vídeos, com valor de mercado de US$ 411,34 bilhões e, segundo a empresa, mais de 300 milhões de assinantes no mundo todo.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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