A Justiça autorizou a venda da marca e dos ativos da Viação Itapemirim, que já foi considerada uma das principais empresas do transporte rodoviário no Brasil. A administradora judicial do processo espera divulgar o edital do leilão nos próximos dias.
O processo de venda inclui a venda da operação em si (são 125 linhas interestaduais), guichês e a marca da empresa, diz Julio Mandel, da Mandel Advocacia, que representa a EXM Partners, administradora judicial do processo da Itapemirim, ao Times Brasil. Esses são os ativos relevantes da companhia, segundo ele.
A avaliação dos ativos ainda está em andamento.
Histórico da crise
A Itapemirim foi adquirida em 2016 por Sidnei Piva, que tentou expandir os negócios com a criação da companhia aérea ITA, que operou entre maio e dezembro de 2021.
A empresa acumulou dívidas de mais de R$ 100 milhões –o passivo tributário é estimado em R$ 2 bilhões. Em dezembro de 2022, foi decretada a falência da viação.
Hoje, a Suzantur opera as linhas da Itapemirim, mas trata-se de uma autorização temporária.
“Em 2023, foi feita uma concorrência pelo arrendamento e a Suzantur venceu. A concorrência na venda, que será por meio de leilão, ainda não foi marcada”, disse Mandel.
Piva foi afastado da gestão após votação dos credores em 2022. Durante a recuperação judicial, mais de R$ 40 milhões foram transferidos para a ITA, o que gerou críticas e disputas com credores.
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