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Levi Strauss aumenta preços, impulsionando lucro e projeções
Publicado 10/10/2025 • 08:59 | Atualizado há 4 dias
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Publicado 10/10/2025 • 08:59 | Atualizado há 4 dias
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Wikimedia
Loja da Levi's
Os lucros da Levi Strauss cresceram mais do que o mercado previa, apesar do aumento nos custos por conta de tarifa, graças a reajustes pontuais nos preços e de uma mudança de foco, priorizando vendas diretas em vez de atacadistas, conforme informou nesta quinta-feira (9) ao divulgar os resultados do terceiro trimestre fiscal.
No período, a margem bruta da Levi subiu 1,1 ponto percentual, chegando a 61,7% — acima dos 60,6% registrados um ano atrás e superando a projeção dos analistas, que era de 60,7%, segundo dados da StreetAccount.
Em entrevista à CNBC, a CEO Michelle Gass afirmou que a empresa começou a reajustar os preços de alguns jeans e roupas, e que novos aumentos devem acontecer nos Estados Unidos e em outros países no ano que vem.
“À medida que tomamos essas decisões pontuais, não percebemos impacto na procura. Vamos acompanhar isso de perto, mas estamos fazendo tudo com bastante cautela e planejamento”, disse Gass. “Sabemos que somos uma marca reconhecida por qualidade e bom custo-benefício. Não assumimos isso como certo. Precisamos comprovar isso todos os dias”.
O diretor financeiro, Harmit Singh, acrescentou que a demanda segue “muito forte” e que a maior parte do crescimento da receita não vem dos aumentos de preço.
Os reajustes ajudam a melhorar as margens da Levi, mas a empresa também está dando menos desconto e vendendo mais por meio de seu próprio site e lojas físicas, o que garante maior rentabilidade do que as vendas para atacadistas.
A fabricante de jeans informou que os bons resultados permitiram revisar para cima as projeções para o ano, mas ressaltou que segue com uma postura “prudente” e “conservadora” para o restante de 2025 diante da instabilidade econômica global, segundo Singh.
Veja como a Levi se saiu no trimestre, em comparação com o que Wall Street esperava, conforme pesquisa da LSEG:
Lucro por ação: US$ 0,34 (cerca de R$ 1,81, na cotação atual) ajustado vs. US$ 0,31 (R$ 1,65) esperado
Receita: US$ 1,54 bilhão (R$ 8,21 bilhões) vs. US$ 1,50 bilhão (R$ 8,00 bilhões) esperado
Mesmo com resultados acima do esperado, as ações da Levi caíram mais de 4% nas negociações após o fechamento. Até o encerramento do pregão desta quinta-feira, o papel acumulava alta de cerca de 42% no ano.
O lucro líquido reportado para o trimestre encerrado em 31 de agosto foi de US$ 218 milhões (R$ 1,16 bilhão), ou US$ 0,55 (R$ 2,93) por ação, contra US$ 20,7 milhões (R$ 110,36 milhões), ou US$ 0,05 (R$ 0,27) por ação, no mesmo período do ano passado.
Excluindo efeitos pontuais ligados a baixas contábeis e reestruturações, entre outros custos, o lucro ajustado foi de US$ 0,34 (R$ 1,81) por ação.
As vendas subiram para US$ 1,54 bilhão (R$ 8,21 bilhões), um aumento de 7% em relação aos US$ 1,44 bilhão (R$ 7,67 bilhões) do mesmo trimestre do ano anterior.
Agora, a Levi espera que suas vendas anuais cresçam 3%, acima da projeção anterior, que era de alta entre 1% e 2%. O resultado supera, e muito, a expectativa do mercado, que era de queda de 2,9%, segundo a LSEG.
A estimativa para o lucro ajustado anual por ação agora está entre US$ 1,27 (R$ 6,77) e US$ 1,32 (R$ 7,04), ante a faixa anterior de US$ 1,25 (R$ 6,67) a US$ 1,30 (R$ 6,94). No patamar mais alto, a previsão está alinhada à expectativa de Wall Street, que era de US$ 1,31 (R$ 6,99) por ação, segundo a LSEG.
A empresa diz esperar que a margem operacional anual fique entre 11,4% e 11,6%, também em linha com a expectativa do mercado, que era de 11,6%, segundo a StreetAccount.
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A Levi agora prevê que sua margem bruta aumente 1 ponto percentual, retomando a projeção feita no início do ano, antes de considerar o impacto das tarifas. Na época, a orientação da empresa não incluía o efeito das tarifas. No trimestre seguinte, a Levi cortou essa estimativa em 0,2 ponto percentual por conta dos novos encargos.
Agora, a Levi retorna à previsão inicial, desde que as tarifas dos EUA sobre importações da China permaneçam em 30% e as taxas sobre o restante do mundo fiquem em 20% até o fim do ano.
Sob o comando de Gass, a Levi tem investido para aumentar as vendas diretas, diversificar além dos jeans e conquistar mais consumidoras — estratégias que contribuíram para o crescimento tanto da receita quanto do lucro.
No trimestre, a receita vinda das vendas diretas ao consumidor — ou seja, pelo site e lojas próprias da Levi — cresceu 11%, puxada pelo bom desempenho nos EUA. Já a linha feminina avançou 9%. A Levi segue forte no segmento de jeans, mas tem ampliado seu portfólio para além do denim, o que ajuda a proteger o negócio caso a moda mude.
Peças além das tradicionais calças jeans, como camisetas e blusas, já representam quase 40% do faturamento. O esforço da empresa em aumentar a venda desse tipo de produto também vem agradando os clientes, já que essa categoria cresceu 9% no trimestre.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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