O CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou nesta terça-feira (29) que até 30% do código da empresa agora é escrito por inteligência artificial (IA).
“Eu diria que talvez 20%, 30% do código que está dentro dos nossos repositórios hoje e alguns dos nossos projetos provavelmente são todos escritos por software”, disse Nadella durante a conversa ao vivo com o CEO da Meta, Mark Zuckerberg.
Os dois CEOs estavam falando no evento inaugural de desenvolvedores LlamaCon AI da Meta em Menlo Park, na Califórnia, nos Estados Unidos. Nadella acrescentou que a quantidade de código escrito por IA na Microsoft está aumentando de forma constante.
Nadella perguntou a Zuckerberg quanto do código da Meta vem de IA. O CEO da Meta disse que não sabia o número exato de cabeça, mas afirmou que a companhia está construindo um modelo de IA que pode, por sua vez, desenvolver futuras versões da família de modelos de IA Llama da empresa.
“Nossa aposta é que, no próximo ano, provavelmente… talvez metade do desenvolvimento será feito por IA, em vez de pessoas, e isso só vai aumentar a partir daí”, disse Zuckerberg.
Microsoft e Meta juntas empregam dezenas de milhares de desenvolvedores de software, mas são as mais recentes empresas a discutir como a IA está substituindo parte do trabalho feito por desenvolvedores humanos.
Desde o lançamento do ChatGPT pela OpenAI no final de 2022, as pessoas têm recorrido à IA para uma série de tarefas, incluindo atendimento ao cliente, geração de propostas de vendas e o próprio desenvolvimento de software.
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Impacto da IA em outras empresas
O CEO do Google, Sundar Pichai, disse em outubro que mais de 25% do novo código estava sendo escrito por IA. No início deste mês, o CEO da Shopify, Tobi Lutke, disse aos funcionários que eles terão que provar que a IA não pode fazer um trabalho antes de pedir mais contratações. De forma semelhante, o CEO da Duolingo, Luis von Ahn, anunciou na última segunda-feira (28) em um memorando que a empresa de ensino de idiomas gradualmente recorrerá à IA em vez de contratados humanos.
No início deste mês, a CNBC e outros veículos relataram que a OpenAI estava em negociações para adquirir a Windsurf, uma startup com software de “vibe coding” que gera programas completos com algumas palavras de entrada. O sonho é que, com as máquinas ajudando a escrever código, as organizações possam produzir software em maior quantidade e melhor qualidade.
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