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Morre Stanley Fischer, ex-Fed e chefe do Banco de Israel

Publicado 01/06/2025 • 12:46 | Atualizado há 2 dias

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Fischer foi uma figura central no campo da economia global, desempenhando papéis de destaque em várias instituições financeiras e acadêmicas ao longo de sua carreira.
  • Fischer iniciou sua carreira institucional como economista-chefe do Banco Mundial e, em seguida, assumiu o cargo de primeiro vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

US Federal Reserve Vice Chair Stanley Fischer speaks at the Bank of England's 'Independence 20 years on' conference, in central London on September 28, 2017. (Photo by Niklas HALLE'N / AFP)

Stanley Fischer, ex-presidente do Banco de Israel e ex-vice-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, faleceu na noite de sábado (31), aos 81 anos. Fischer foi uma figura central no campo da economia global, desempenhando papéis de destaque em várias instituições financeiras e acadêmicas ao longo de sua carreira.

Nascido na Zâmbia em 1943, Fischer teve uma trajetória acadêmica de destaque, estudando na London School of Economics antes de obter seu Ph.D. no Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde lecionou por muitos anos. Durante seu tempo no MIT, Fischer formou e influenciou uma geração de economistas, incluindo figuras proeminentes como Ben Bernanke, ex-presidente do Federal Reserve, e Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu. Seu livro Macroeconomics, escrito junto com Rudi Dornbusch e Richard Startz, tornou-se uma referência fundamental para alunos e profissionais da área.

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Fischer iniciou sua carreira institucional como economista-chefe do Banco Mundial e, em seguida, assumiu o cargo de primeiro vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante a crise financeira asiática e a crise financeira russa nos anos 1990, Fischer teve um papel decisivo na formulação de respostas políticas que buscavam estabilizar os mercados emergentes.

Em 2005, Fischer aceitou o convite para se tornar presidente do Banco de Israel, onde permaneceu até 2013. Durante sua gestão, ele foi responsável por navegar a economia israelense através da crise financeira global de 2008, adotando políticas que garantiram a estabilidade do sistema financeiro israelense e limitaram os danos econômicos. Sob sua liderança, o Banco de Israel implementou medidas inovadoras, como a criação de um comitê de política monetária e o aumento da independência da instituição.

Após sua saída do Banco de Israel, Fischer assumiu a vice-presidência do Federal Reserve em 2014, sendo nomeado pelo então presidente dos EUA, Barack Obama. No FED, Fischer defendeu uma postura mais rigorosa em relação à regulação financeira pós-crise de 2008 e adotou uma abordagem “hawkish” em relação às taxas de juros. Ele também se posicionou contra a diminuição das regulamentações financeiras, um tema de grande relevância no cenário econômico pós-crise.

Fischer renunciou ao cargo de vice-presidente do Federal Reserve em 2017, alegando motivos pessoais. Durante sua carreira, ele também teve passagens pelo setor privado, incluindo um período no Citigroup, onde foi vice-presidente. Sua contribuição para a economia mundial vai além das políticas monetárias e fiscais, abrangendo também a formação de gerações de economistas e a definição de marcos teóricos que influenciam até hoje a forma como os governos e as instituições financeiras lidam com crises econômicas e financeiras.

A carreira de Fischer foi marcada não apenas por sua erudição, mas também por sua capacidade de aplicar a teoria econômica em contextos práticos, sendo um dos economistas mais respeitados de sua geração. Ele também foi conhecido por seu caráter e pela forma como equilibrou a técnica econômica com uma abordagem humana das questões sociais e econômicas. Em uma declaração, Mohamed El-Erian, conselheiro da Allianz, descreveu Fischer como “um economista excepcional” e ressaltou a importância de sua análise econômica tanto quanto sua sensibilidade para os aspectos humanos da política econômica.

Após sua morte, líderes políticos e econômicos de Israel prestaram homenagens a Fischer. O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou que Fischer foi um “profissional de classe mundial” que desempenhou um papel vital no fortalecimento da economia israelense, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu lembrou a importância de sua contribuição para a estabilidade de Israel durante momentos críticos.

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