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Lucro da Nestlé cai 10% no 1º semestre, e ação despenca com projeção de vendas fracas

Publicado 24/07/2025 • 10:26 | Atualizado há 21 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Lucro líquido da Nestlé recua para US$ 6,38 bilhões no semestre, com queda de 10,3% na comparação anual.
  • Crescimento orgânico foi de 2,9%, puxado por reajustes de preços em café e confeitaria; volume de vendas praticamente estagnado.
  • Ações caem 5,6% após balanço, com mercado reagindo a pressão de custos e impacto cambial sobre receitas.

A Nestlé reportou um lucro líquido de 5,065 bilhões de francos suíços (cerca de US$ 6,38 bilhões) no primeiro semestre de 2025, resultado 10,3% inferior ao obtido no mesmo período do ano passado.

Os números foram conformes ao esperado pelos analistas, mas a combinação de receita abaixo do potencial e pressões cambiais levou as ações da companhia a recuarem 5,18% na bolsa da Suíça nesta quinta-feira (24), por volta das 10h10 (horário de Brasília).

As vendas totais somaram 44,29 bilhões de francos suíços (US$ 55,7 bilhões), recuo de 1,8% na base anual, em linha com o consenso de mercado. Segundo a empresa, o desempenho foi fortemente impactado pela valorização do franco suíço, que reduziu em 4,7% o valor das receitas globais.

Ajustes de preços sustentam leve crescimento

O crescimento orgânico da Nestlé no semestre foi de 2,9%, sustentado por reajustes médios de preços de 2,7%, especialmente em categorias como café e confeitaria, que enfrentaram alta expressiva de custos com insumos. Já o Crescimento Interno Real (RIG), indicador que mede a variação no volume de vendas, ficou em apenas 0,2%, refletindo fraqueza na demanda e reação dos consumidores aos aumentos.

Na conferência com analistas, o CEO Laurent Freixe afirmou que ainda pode haver novos aumentos de preços em resposta à inflação de insumos, como cacau e café, embora “a maior parte já tenha sido repassada ao consumidor”.

Por categoria, o destaque foi o crescimento em confeitaria (+10,6% em preços) e café (+6%), com efeito limitado na elasticidade da demanda em café, mas queda de volume mais evidente em doces. Segmentos como PetCare e águas apresentaram crescimento modesto, enquanto o de alimentos registrou queda.

Desempenho por região

  • Europa: crescimento orgânico de 3,5%, com leve recuo no volume (-0,2%) e aumento de preço de 3,7%.
  • Américas: crescimento de 2,1%, com destaque para Brasil, Argentina e Venezuela, compensando fraqueza na América Central e Caribe. Volume caiu 0,5% e preços subiram 2,7%.
  • Ásia, Oceania e África (exceto China): alta de 2,4%, com volume levemente negativo (-0,3%) e preços em alta de 2,6%.
  • China, Taiwan e Hong Kong: resultados pressionados por ambiente deflacionário e fraqueza no consumo, com a empresa anunciando mudanças na liderança local.

Guidance mantido e possível venda de ativos

Apesar do semestre desafiador, a Nestlé manteve suas projeções para 2025, com expectativa de aceleração do crescimento orgânico e margem UTOP (lucro operacional subjacente) de 16% ou mais.

A empresa também informou que poderá vender marcas da divisão de vitaminas e suplementos, incluindo a Nature’s Bounty, adquirida em 2021 por US$ 5,75 bilhões. A medida faz parte de uma revisão de portfólio para eliminar marcas de baixo desempenho.

Por fim, a Nestlé destacou que 90% dos produtos que comercializa nos EUA são produzidos localmente, em meio ao cenário de tarifas e realocação de cadeias produtivas.

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