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O custo do aporte da Cosan: empresa perde R$ 3 bilhões em valor de mercado em um dia

Publicado 22/09/2025 • 12:02 | Atualizado há 0 minutos

Foto de Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é jornalista especializado em economia e negócios, com experiência nos principais veículos do Brasil e MBA pela FIA em parceria com a B3. Além de comandar esta coluna, é comentarista nos programas Agora e Real Time, nos quais analisa as principais movimentações do mercado.

Cosan.

Cosan.

Divulgação Instagram/Cosan.

A Cosan terminou a semana passada sendo avaliada em R$ 13,9 bilhões. As ações estavam sendo negociadas a valores próximos de R$ 8,00. Nesta segunda-feira (22), as ações estavam sendo vendidas com desconto de mais de 20% em relação ao fechamento do último pregão.

A Cosan é a controladora de empresas como Raízen, Rumo, Compass, Moove e Radar.

A desvalorização da empresa tem um motivo: o desconto dado aos novos acionistas para a captação de pelo menos R$ 10 bilhões em um aporte que deve ajudar a companhia a aliviar suas dívidas – ou pelo menos parte delas.

BTG Pactual e Perfin estão liderando um aumento de capital de R$ 10 bilhões na companhia. Os family offices Aguassanta e Queluz também participam da rodada que em sua primeira oferta vai somar pelo menos R$ 7,25 bilhões. O valor pode ser acrescido de um lote adicional de até R$ 1,8 bilhão.

Uma segunda oferta de ações, destinada aos acionistas da companhia que estavam posicionados até 19/09, pode complementar o valor com mais uma nova injeção de capital de R$ 2,75 bilhões. Ao todo, com o lote adicional na primeira oferta, o aporte pode chegar a quase R$ 12 bilhões.

O problema é que essas novas ações estão sendo cedidas aos investidores com desconto em relação ao preço de mercado. O valor de cada ação ficou definido em R$ 5,00 – muito menor do que os quase R$ 8,00 do preço de abertura das negociações nesta segunda-feira.

O desconto desvaloriza a posição de quem já estava investido. Com medo de que os papéis caíssem mais, os investidores entraram em efeito manada e passaram a vender os papéis de forma mais agressiva. A queda fez a Cosan perder R$ 3 bilhões em valor de mercado.

De qualquer forma, é uma alternativa para que a companhia tente reduzir a sua dívida líquida de R$ 1,7 bilhões. A alavancagem da empresa (sua relação dívida líquida contra Ebitda) estava em 3,4x. Com o aporte, esse indicador pode cair para 1,5x – um número bem mais saudável.

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