‘O mascote é algo maior que o produto’, diz especialista, sobre a estratégia do Duolingo
Publicado 12/02/2025 • 10:52 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 12/02/2025 • 10:52 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
A nova estratégia do Duolingo, aplicativo que ajuda as pessoas a aprender idiomas, está dando adeus ao seu mascote, a famosa corujinha verde. Mas o que será que está por trás desse marketing, já que o mascote conquistou uma relação bem próxima com os usuários do aplicativo?
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, nesta quarta-feira (12), Roberta Iahn, coordenadora do curso de Comunicação e Publicidade da ESPM Rio, comentou sobre as estratégias de marketing usadas pelo Duolingo.
De acordo com Iahn, o Duolingo tem uma estratégia incrível. Ele começa a trabalhar a marca pelos pilares de conhecer muito bem o público-alvo e com isso, consegue trazer uma linguagem acessível e incrível para o jovem. O formato e a simplicidade chegam até o público com um humor debochado e irreverente, gerando um tremendo engajamento.
Ela também destacou que, quando a empresa divulga uma notícia como essa, “oh, meu mascote morreu”, na verdade está resgatando algo muito interessante: lembrar aos estudantes que, se não aparecem para fazer as lições ou o curso, não alimentam a relação com o mascote.
Esse é o ponto importante desse ícone: ele sempre está lá para perguntar: “Olha, e aí, você está fazendo a sua lição ou não está?”. Então, na verdade, eu não vejo isso como um final, mas sim como mais uma grande sacada da marca para dizer: “Ei, lembre-se do que você veio fazer aqui, que é aprender um idioma. Você tem que interagir com a gente”.
Com isso, ela faz essa provocação: “E aí, você vai estudar ou não vai? Vai voltar para a plataforma ou não vai? Se você não voltar, não me alimenta, e eu não tenho como sobreviver”, explicou.
Iahn ainda apontou que, se ela pudesse fazer uma analogia, ela diria que o mascote é algo maior que o produto. O duo é tão importante, ele tem uma relação tão forte com o consumidor, que não representa só a marca, mas também uma linguagem de como chegar ao jovem e como se comunicar com ele.
Eles chegaram nesse lugar e conseguiram desenvolver um simbolismo de como uma marca pode ter uma comunicação clara, acessível e imediata, e ainda gerar esse clube de fãs. Como o Duolingo, tem duas versões, a gratuita e a paga, ele se torna testável, digamos assim, e isso torna a marca mais forte que o próprio produto”, completou.
Além disso, Iahn observou que o Duolingo sai de um produto que seria quase chato, porque quantas pessoas sofrem com os cursos de idioma? Não é algo simples, chega a ser entediante. E ele vai para a risada, né? Então, ele muda a percepção, sai de algo que seria até estressante e se torna divertido. Isso é o ponto mais importante da marca, que a torna mais que um produto”, finalizou.
Iahn enfatizou que o Duolingo tem um profundo conhecimento do seu público, criando uma relação que vai além de piadas ou deboche. Ele entende como se conectar e engajar o público, provocando respostas e interações constantes.
Esse entendimento é essencial para qualquer marca, já que saber quem é o público vai além de dados demográficos; envolve entender como ele se relaciona com a ideia proposta.
E o Duolingo faz isso perfeitamente, comunicando-se de forma eficiente e gerando o engajamento ideal. Essa conexão é a lição de casa que todas as marcas deveriam aprender”, explicou.
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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