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Oi começa a retirar redes de cobre de telefonia, que serão vendidas como sucata
Publicado 30/03/2025 • 15:56 | Atualizado há 7 meses
        
        
                            
                    
                    
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Publicado 30/03/2025 • 15:56 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
                            Orelhões da Oi no Rio de Janeiro, RJ.
Alv via Wikimedia
Após vender uma série de negócios, a Oi, em recuperação judicial pela segunda vez, começou a desmobilizar um dos seus últimos ativos, que também é um dos mais simbólicos. As redes de cobres que, por décadas, serviram para o funcionamento da telefonia fixa no País. Agora isso vai virar sucata.
A desmobilização das redes da operadora é um desdobramento do processo que culminou na mudança no regime de prestação do serviço de telefonia fixa.
A concessão, assinada em 1998, passou a ser uma autorização, conforme aval concedido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Na prática, isso permitiu à Oi começar a desligar boa parte das redes obsoletas e economizar com a manutenção de um serviço que vinha gerando prejuízo.
Em seu plano de recuperação, a Oi tem o compromisso de vender todo o cobre das redes subterrâneas para a V.tal, empresa de telecomunicações pertencente a fundos do BTG Pactual. Já a rede aérea, pendurada em postes, permanecerá com a Oi, que fará a venda na medida em que extrair os cabos.
“A Oi terá um resultado positivo com a venda do cobre como sucata, bem como via redução de despesas pela manutenção das redes”, afirmou o presidente da Oi, Marcelo Milliet, durante teleconferência com investidores e analistas realizada na última quinta-feira, 27. Milliet, que está no cargo desde dezembro, não soube precisar quanto a companhia deve extrair de cobre e quanto pode embolsar com a venda. Um dos problemas é o custo elevado de extração das redes, que estão espalhadas pelo País. “Não há como precisar exatamente qual o valor do ativo neste momento”, ponderou.
A teleconferência foi marcada por várias incertezas sobre as próximas etapas da recuperação judicial da empresa. A maior delas é o rumo da arbitragem, em que a empresa cobra da União uma compensação de mais de R$ 50 bilhões por prejuízos sofridos com a manutenção da telefonia fixa.
Milliet disse não haver estimativa de prazo para o desfecho do processo, embora espere uma decisão parcial ainda este ano.
Outra fonte de caixa prevista no plano de recuperação é a venda de imóveis que antes eram usados na operação de telefonia fixa, mas que ficaram ociosos.
Ao todo, são quase 7 mil unidades em centenas de localidades do País. No entanto, Milliet disse que não é possível precisar o valor geral de vendas esperado, pois o perfil dos imóveis é variado. Há desde edificações em áreas nobres, em grandes centros, até terrenos rurais.
A Oi Soluções, braço de negócios para oferta de TI e conectividade a empresas, será a principal via de crescimento do grupo após a venda de ativos já realizada no âmbito da recuperação judicial.
O segmento, porém, está passando por uma queda no faturamento em função da menor demanda por serviços prestados via redes de cobre e migração para fibra ótica. Em paralelo, a companhia vem buscando priorizar os serviços com margem maior.
Este ano, a Oi vendeu sua operação de banda larga e de TV por assinatura. Em 2022, se desfez do negócio de internet móvel.
A Oi ainda mantém as subsidiárias Serede, Tahto e Oi Services, de operações de campo, call center e BPO (sigla em inglês para terceirização de processos de negócios). “A Nova Oi tem o objetivo de ser uma empresa mais leve e eficiente”, disse Milliet. “As subsidiárias têm grande potencial de crescimento e geração de valor”, emendou.
A Oi apresentou lucro líquido de R$ 9,6 bilhões em 2024, revertendo o prejuízo de R$ 5,4 bilhões de 2023. No entanto, esse lucro foi resultado da aprovação do plano de recuperação, em abril, quando a empresa conseguiu convencer credores a abater sua dívida em cerca de 70% via descontos, parcelamento e conversão de valores em ações.
Na ocasião, isso gerou um ganho de R$ 14,7 bilhões de ordem contábil (sem efeito no caixa) da empresa.
O lucro operacional (medido pelo Ebitda) ficou negativo em R$ 1,5 bilhão em 2024, ante dado positivo de R$ 568 milhões em 2023. A receita líquida chegou a R$ 8,3 bilhões em 2024, queda de 14,2%. Já a receita da chamada Nova Oi (que abrange Oi Soluções, subsidiárias e serviços legados) foi de R$ 3,1 bilhões, baixa de 26% na comparação anual.
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