EXCLUSIVO: parceira da Eve, da Embraer, Revo quer revolucionar a mobilidade aérea no Brasil com veículos elétricos

O transporte aéreo por helicópteros vem ganhando espaço como alternativa para driblar o trânsito intenso das grandes cidades. Em São Paulo, onde o deslocamento pode facilmente ultrapassar duas horas, empresas como a Revo têm transformado a maneira como executivos e passageiros corporativos se movimentam. Em entrevista à Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o CEO da Revo, João Welsh, detalhou os planos da companhia, os resultados obtidos até agora e as inovações que estão por vir.

Mobilidade e economia de tempo

Segundo Welsh, a Revo nasceu com o propósito de devolver tempo às pessoas. “Começamos a identificar que há um problema de mobilidade grande nas megacidades, como São Paulo. Pensamos em como poderíamos devolver tempo aos cidadãos, e daí surgiu a solução: integrar meios de transporte terrestres com o aéreo, usando o helicóptero para reduzir o tempo de deslocamento”, explica.

O executivo destaca que o serviço tem sido bem recebido pelo público. “Os resultados estão acima do esperado. Temos uma taxa de recorrência acima de 65%, ou seja, os clientes gostam e voltam. Crescemos mais de 200% em receita nos últimos 12 meses e continuamos com uma cadência elevada”, afirma.

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Como funciona o serviço

Na prática, o modelo da Revo funciona de forma semelhante ao de aplicativos de transporte. “O usuário pode baixar o aplicativo, escolher o destino e o horário desejado. Operamos rotas fixas, com programação diária. A principal delas é entre São Paulo e o Aeroporto de Guarulhos”, explica Welsh.

O trajeto, que por via terrestre pode levar mais de duas horas, é reduzido para minutos. Todo o serviço é porta a porta. “O passageiro informa o endereço de saída, o número de malas, e nós resolvemos o restante. Um carro blindado busca o cliente, leva até o heliponto e, no destino final, outro profissional o acompanha até o check-in”, diz o executivo.

O preço varia conforme o horário e a demanda. “Hoje, o valor começa em torno de R$ 2.700 e pode chegar a R$ 3.800 em horários de pico, por pessoa, com todos os serviços incluídos”, afirma.

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Luxo e controle total da operação

Apesar de o serviço ser comparado à Uber, a Revo mantém controle completo sobre sua frota. “Todos os helicópteros são nossos. Isso é essencial para garantir segurança e qualidade. Temos 25 anos de experiência na aviação de helicópteros e já transportamos mais de 7 milhões de pessoas”, ressalta Welsh.

Ele explica que o controle integral da operação é o que assegura a proposta central da empresa. “Nossa missão é devolver tempo ao cliente. Se não controlássemos toda a jornada não poderíamos garantir isso. O aspecto do luxo existe, mas é consequência do cuidado com a experiência e com a segurança.”

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A revolução dos eVTOLs

A Revo também se prepara para a próxima grande transformação da mobilidade aérea: os eVTOLs — veículos elétricos de decolagem e pouso vertical, popularmente conhecidos como “carros voadores”.

“Os eVTOLs começaram inspirados em drones, mas hoje são híbridos entre drone e avião. Eles decolam e pousam na vertical como helicópteros, são totalmente elétricos e voam com asas, o que os torna mais silenciosos e sustentáveis”, explica Welsh.

A Revo firmou um contrato com a Eve, subsidiária da Embraer, que desenvolve o modelo brasileiro de eVTOL. “A Eve é uma das empresas mais avançadas do mundo nesse segmento. A primeira entrega para nós está prevista para o fim de 2027, o que está logo ali”, diz o CEO.

Sustentabilidade e acessibilidade futura

De acordo com Welsh, os novos veículos vão representar uma verdadeira revolução para o setor. “Além de mais sustentáveis, por não emitirem gases e terem ruído reduzido, os eVTOLs trazem uma tecnologia mais simples e segura. A manutenção será mais fácil e barata, o que permitirá reduzir custos operacionais e ampliar o acesso a esse tipo de transporte no futuro”, afirma.

Para ele, essa nova fase reforça o próprio nome da empresa. “Revo vem de revolução — e é exatamente isso que queremos proporcionar: uma transformação na forma como as pessoas se deslocam nas grandes cidades”, conclui.