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Pfizer x Novo Nordisk: disputa por Metsera tem nova oferta e caso vai parar na Justiça

Publicado 05/11/2025 • 17:06 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Metsera classificou como “superior” a oferta da Novo Nordisk, que pode chegar a US$ 10 bilhões, frente à proposta revisada da Pfizer.
  • Pfizer abriu ações judiciais nos EUA para tentar impedir o fim do acordo de fusão originalmente firmado com a biotech.
  • A disputa ocorre em meio à corrida global pelo mercado de tratamentos contra obesidade, hoje dominado por medicamentos GLP-1.

Metsera classificou como “superior” a oferta da Novo Nordisk, que pode chegar a US$ 10 bilhões

A Pfizer e a Novo Nordisk travam uma disputa pelo controle da startup de biotecnologia Metsera, focada em tratamentos para obesidade.

A Metsera afirmou nesta terça-feira (4) que recebeu uma nova proposta de compra superior da Novo Nordisk, que pode chegar a US$ 10 bilhões, em relação à oferta revisada da Pfizer, avaliada em cerca de US$ 8,1 bilhões.

A disputa começou após a Novo Nordisk fazer uma oferta para comprar a startup na última quinta-feira (30), na qual avaliou a empresa entre US$ 6 bilhões e US$ 9 bilhões. O movimento ocorreu depois de um acordo já anunciado em setembro, no qual a Pfizer pagaria US$ 4,9 bilhões, podendo chegar a US$ 7,3 bilhões, caso determinados resultados fossem atingidos.

A oferta da Novo Nordisk acionou uma janela de quatro dias úteis para que a Pfizer renegociasse sua proposta. Segundo o contrato original, se ao final desse prazo o conselho da Metsera considerar que a proposta da Novo Nordisk permanece superior, a startup pode encerrar o acordo com a Pfizer.

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A disputa rapidamente foi parar na Justiça. Na sexta-feira (31), a Pfizer entrou com o primeiro processo para impedir que a Metsera rescindisse o acordo existente. Na segunda-feira (3), apresentou uma segunda ação, alegando que a tentativa da Novo Nordisk de superar a oferta é anticompetitiva e poderia reforçar a posição dominante da dinamarquesa no mercado global de medicamentos para obesidade.
A Novo Nordisk, por outro lado, classificou as alegações como “infundadas”.

A Metsera, fundada em 2022, desenvolve tratamentos orais e injetáveis voltados à perda de peso, incluindo um medicamento de aplicação mensal — alternativa que, se funcionar, poderia reduzir a frequência de injeções administradas semanalmente em medicamentos como Ozempic e Wegovy.

A Pfizer trata a startup como uma oportunidade para entrar de forma mais relevante no mercado de obesidade, após ter encerrado dois projetos de medicamentos próprios nos últimos dois anos por questões de segurança. Já a Novo Nordisk tenta reconquistar terreno após perder participação para a rival Eli Lilly e enfrentar pressões de investidores sobre seu pipeline atual, em um mercado onde novos competidores — como Amgen, Roche e Zealand Pharma — começam a avançar.

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Analistas, porém, destacam que ainda não está claro se os tratamentos da Metsera trazem diferenças significativas em relação aos já existentes. Segundo o banco TD Cowen, o potencial estaria principalmente na posologia mensal, cuja viabilidade ainda precisa ser comprovada. Além disso, segundo a empresa, o negócio envolve riscos regulatórios consideráveis.

Uma juíza em Delaware, nos Estados Unidos, afirmou nesta terça (4) que não há, por ora, necessidade de intervenção judicial na disputa, mas marcou nova audiência para esta quarta (5). Enquanto isso, o CFO da Pfizer, Dave Denton, afirmou que a empresa pretende usar “todos os recursos legais disponíveis”. “Não vamos desistir da disputa”, disse.

Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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