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Período de transição da Reforma Tributária pode se tornar oportunidade de longo prazo para empresas

Publicado 02/10/2025 • 11:55 | Atualizado há 12 horas

KEY POINTS

  • A transição da Reforma Tributária vai de 2026 a 2032, com quatro etapas principais.
  • Empresas terão de operar sistemas atuais e novos em paralelo, aumentando riscos e custos.
  • Especialistas apontam que a fase pode ser usada para modernizar processos e gestão fiscal.

A Reforma Tributária começa a sair do papel em 2026 e inaugura um dos períodos de maior complexidade do sistema fiscal brasileiro.

A partir de 1º de janeir, PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS começam a ser substituídos gradualmente por dois novos tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), compartilhado entre estados e municípios.

Embora o objetivo final seja a simplificação, com a plena vigência do novo modelo em 2033, a fase de transição exigirá adaptação constante.

As empresas terão que lidar com dois sistemas em paralelo, o atual e o novo, em um cenário que aumenta o risco de erros, pressiona custos de conformidade e demanda investimentos em atualização tecnológica.

O cronograma da transição

O processo foi dividido em etapas:

  • 2026 – Fase de teste: CBS e IBS passam a vigorar com alíquotas simbólicas, apenas para validação dos sistemas de empresas e do Fisco.
  • 2027 – Primeiras mudanças efetivas: PIS e Cofins deixam de existir, e a CBS passa a ser cobrada com alíquota cheia.
  • 2029 a 2032 – Período mais complexo: ICMS e ISS são reduzidos gradualmente, enquanto o IBS aumenta na mesma proporção.
  • 2033 – Novo modelo concluído: ICMS e ISS deixam de existir; sistema passa a ser regido por CBS, IBS e IPI residual.

Oportunidade de modernização

Diante desse desafio, a Reforma Tributária deve ser olhada para além do departamento fiscal. A adaptação vai exigir revisão de processos em diversas áreas — financeira, contábil, comercial, operações, compras e logística — além de atualizações em sistemas de gestão e ERPs.

A avaliação é de Thais Borges, diretora comercial da Systax, empresa de tecnologia fiscal e tributária. Para ela, a transição pode ser encarada não apenas como um risco, mas também como oportunidade.

“Ou as empresas usam o período para se preparar, revisando processos e tecnologia, ou correm o risco de enfrentar inconformidades, autuações e perda de competitividade”, afirma.

Uma pesquisa da Systax mostrou que 60% das empresas acreditam que os novos tributos terão impacto direto em seus negócios, e 28% avaliam que a principal consequência será a necessidade de atualizar sistemas e tecnologias.

Borges lembra que, ao invés de reagir apenas às exigências legais, as companhias podem aproveitar a transição para transformar a gestão fiscal em diferencial. “Com simulações de impacto sobre fluxo de caixa, margens e preços, reestruturação de cadeias de suprimento e uso de tecnologia especializada, é possível converter a transição em ganhos de eficiência e vantagem competitiva sustentável”, conclui.

Em um ambiente de custos crescentes e margens pressionadas, a forma como cada empresa atravessar o período de transição pode definir quem chegará a 2033 apenas em conformidade e quem estará fortalecida para competir em um mercado mais transparente e integrado.

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