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Roche quer estar entre as três maiores do mercado de obesidade até 2030
Publicado 25/09/2025 • 07:54 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 25/09/2025 • 07:54 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Divulgação Roche.
A farmacêutica suíça Roche quer se tornar uma das três maiores empresas globais no segmento de obesidade, entrando na disputa com gigantes como a Novo Nordisk e a Eli Lilly, ao avançar um de seus medicamentos experimentais para perda de peso para a fase final de testes clínicos.
“Quero que vocês saibam que falo sério em relação a esse objetivo”, afirmou Teresa Graham, CEO da Roche Pharmaceuticals, a investidores e analistas durante o Pharma Day da empresa em Londres, na segunda-feira.
“Sabemos como entrar em novos mercados”, acrescentou.
A companhia informou, no início desta semana, que sua injeção para perda de peso CT-388 entrou em ensaios clínicos de fase III — a etapa final antes que uma empresa possa solicitar aprovação regulatória. O movimento marca mais um avanço no portfólio ainda inicial, mas em rápida expansão, da Roche em tratamentos para obesidade e condições associadas.
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Atualmente, a Roche não tem nenhum medicamento contra obesidade aprovado no mercado. No entanto, Graham disse que a empresa pretende lançar todo o conjunto de terapias até 2030.
Entre os destaques está o Petrelintide, uma droga em desenvolvimento bastante aguardada, que a Roche está co-desenvolvendo e co-comercializando em parceria com a dinamarquesa Zealand Pharma, em um acordo avaliado em US$ 5,3 bilhões.
“Eu acredito que estamos no caminho certo”, disse Manu Chakravarthy, vice-presidente e líder global de desenvolvimento de produtos cardiovasculares, renais e metabólicos, em entrevista à CNBC sobre o cronograma do Petrelintide.
“Estamos muito comprometidos em tentar acelerar esse [cronograma] o máximo possível”, acrescentou.
O Petrelintide é uma forma emergente de tratamento conhecida como análogo da amilina. Ele se soma à linha de GLP-1 da Roche, que inclui a CT-388 e o candidato oral de uso diário CT-996. Ambos foram adquiridos na primeira entrada da empresa no mercado de obesidade, com a compra da norte-americana Carmot Therapeutics, no fim de 2023.
Na semana passada, a Roche fortaleceu ainda mais sua posição com o acordo para comprar a norte-americana 89bio, somando-se à corrida de concorrentes no desenvolvimento de novos tratamentos para doenças hepáticas que complementam as terapias para perda de peso.
Graham disse a investidores que estava confiante de que o portfólio crescente de candidatos a medicamentos da Roche aumentaria suas chances de sucesso no cada vez mais competitivo mercado de drogas para obesidade.
Yihan Li, analista de farmacêuticos do Barclays, afirmou que a meta da Roche de figurar entre as três maiores “é potencialmente alcançável” graças à sua ampla linha de ativos em obesidade, mas destacou que o próximo ano será “decisivo” para a divulgação dos resultados dos testes.
“Mais importante: o mercado de obesidade hoje é basicamente um duopólio. Então, restará a dúvida sobre o tamanho da distância entre a Roche e a Novo/LLY”, escreveu em comentários enviados por e-mail, ressaltando que outras terapias concorrentes provavelmente chegarão ao mercado antes da Roche.
Enquanto isso, Eli Lilly e Novo Nordisk têm acelerado a corrida para lançar suas pílulas contra obesidade, buscando ampliar a oferta em meio à crescente demanda por tratamentos com GLP-1. Ambas também exploram candidatos análogos da amilina, além de outras terapias experimentais.
As duas empresas já dominam o mercado de medicamentos para obesidade, mesmo diante do avanço de farmácias de manipulação que produzem versões similares.
Ainda assim, Graham sugeriu que novos entrantes no setor podem aprender lições importantes com a primeira leva de tratamentos contra obesidade. Segundo ela, os medicamentos de “próxima geração” precisam atender a demandas ainda não resolvidas, como maior tolerabilidade, manutenção do peso, tratamento de comorbidades e preservação da massa magra.
“Nossa diferenciação depende de termos essa variedade de opções”, disse. “Podemos atender a todas essas necessidades não resolvidas.”
“Se você não tem um portfólio de soluções, é isso que limita”, completou Chakravarthy.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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