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Sea Ltd, dona da Shopee, vê seu lucro mais do que dobrar com recorde em vendas online
Publicado 11/11/2025 • 13:16 | Atualizado há 1 hora
Publicado 11/11/2025 • 13:16 | Atualizado há 1 hora
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Rafael Henrique / SOPA Images via Reuters Connect
Lucro da Sea Ltd — dona da Shopee — mais que dobra com recorde em vendas online
A Sea Ltd, grupo de tecnologia de Singapura e controladora da Shopee, reportou lucro líquido de US$ 375 milhões no terceiro trimestre de 2025, mais que o dobro do registrado um ano antes. O desempenho foi impulsionado pelo forte crescimento do comércio eletrônico na Ásia e na América Latina, onde a plataforma de e-commerce bateu recordes de vendas e pedidos.
A receita total da companhia subiu 38%, alcançando US$ 5,99 bilhões, superando as projeções dos analistas.
Apesar da melhora expressiva, o lucro veio abaixo da estimativa de consenso do mercado e as ações da Sea Ltd operavam em queda de 3,8% na bolsa de Nova York, refletindo uma combinação de realização de lucros e decepção com a margem abaixo do esperado. Ainda assim, os ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) acumulam alta de cerca de 46% em 2025, acompanhando o bom desempenho das big techs asiáticas e o avanço da Shopee em mercados emergentes.
O presidente da empresa, Forrest Li, reafirmou no comunicado que a companhia está focada em capturar oportunidades na inteligência artificial e vê “um caminho para atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado” se executar bem essa transição tecnológica.
“Será preciso tomar as decisões certas, executar com excelência e competir de forma implacável. Mas uma transformação tecnológica dessa magnitude torna isso possível”, afirmou Li em mensagem aos funcionários, por ocasião do oitavo aniversário da listagem da empresa.
A Shopee, responsável por mais de dois terços da receita do grupo, teve alta de 28% no volume bruto de mercadorias (GMV) e no número de pedidos, atingindo o maior nível da história da empresa. Com isso, a Sea revisou para cima sua projeção de crescimento de GMV para 2025, que passou de 20% para mais de 25%.
A plataforma, que é líder de e-commerce no Sudeste Asiático e vem expandindo presença na América Latina, aumentou o faturamento com taxas de transação, publicidade e serviços de entrega. A companhia também destacou o avanço do social commerce e das ferramentas de recomendação baseadas em IA como fatores-chave para a aceleração de vendas.
| Segmento | Crescimento (anual) | Receita (US$ bi) |
|---|---|---|
| E-commerce (Shopee) | +28% GMV | n/d |
| Gaming (Garena) | +51% em bookings | 0,84 |
| Serviços financeiros (Monee) | +61% | 0,99 |
| Receita total da Sea Ltd | +38% | 5,99 |
O braço de games, a Garena, apresentou alta de 51% nas reservas (bookings), para US$ 840,7 milhões, com destaque para títulos que retomaram popularidade na região do Sudeste Asiático. A empresa confirmou estar no caminho para crescimento anual acima de 30% na divisão.
Já a área de serviços financeiros digitais, chamada Monee, teve salto de 61% na receita, para US$ 989,9 milhões, impulsionada pelo crédito para consumidores e pequenas empresas (PMEs).
Apesar dos avanços, a Sea enfrenta forte concorrência de players chineses que ampliaram sua presença na Ásia. Segundo um estudo da Bain & Company, plataformas como Lazada (Alibaba), Shein e Temu (PDD Holdings) já respondem por metade do mercado de e-commerce em países como Indonésia, Tailândia e Filipinas.
Para enfrentar esse desafio, a companhia deve reinvestir agressivamente em logística, entregas mais rápidas e fintech, o que pode conter os lucros e dividendos no curto prazo.
Para analistas, o balanço reflete um modelo de negócios em expansão, com diversificação entre comércio eletrônico, jogos e fintechs, mas que exige equilíbrio entre crescimento e rentabilidade.
A Sea Ltd reforçou que continuará apostando em inteligência artificial, análise de dados e ferramentas de recomendação para melhorar a eficiência operacional da Shopee e fortalecer a relação com vendedores.
Com crescimento consistente nas três frentes — e receita em nível recorde —, o desafio da empresa será manter margens sustentáveis enquanto disputa espaço com gigantes globais e se prepara para a nova onda da economia digital na Ásia e na América Latina.
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