Para conquistar os norte-americanos, o casal Silvania e Fernando Loureiro apelou para o estômago. E a empreitada vem conquistando seu espaço: em pouco mais de um ano de Polar Shake, franquia de milk- shakes, a dupla projeta 30 unidades abertas nos Estados Unidos até o final do ano e a chegada ao mercado brasileiro, com a expectativa de outras 30 lojas no mercado nacional – cinco já estão em processo de abertura.
“Vamos alcançar 300 unidades entre três e cinco anos”, disse Fernando Loureiro, que trabalha no mercado de franquias há 20 anos. Com faturamento atual de R$ 4 milhões, o casal paulistano investiu US$ 500 mil para abrir a franquia e já ultrapassou break-even.
A ideia inicial era atuar apenas no mercado norte-americano. Mas 100% de seus investidores e franqueados são brasileiros, o que fez o negócio tomar novos rumos. “Queríamos que Polar Shake fosse uma marca americana”, afirmou Fernando.
“Mas começamos a nos deparar com muitos investidores buscando o nosso conceito para levar para o Brasil.” O conceito de que o empresário fala é a experiência do cliente em cada unidade, que tem ambiente temático e aromatizado. E, claro, os milk-shakes de sabores mais variados do que existem nos Estados Unidos.
O principal objetivo da dupla com a Polar Shake, que tem experiências no Grupo Heineken e nas Óticas Carol, era gerar oportunidades para imigrantes brasileiros de investir em um negócio no país. De acordo com Silvania, outro foco é que consigam dar o devido suporte aos franqueados em transição de carreira.
“É a expansão de oportunidades para brasileiros que querem transitar de carreira, querem diversificar investimento, dolarizar patrimônio”, disse. “Estamos muito focados na expansão para dar oportunidade para que outras pessoas possam ter sucesso com o nosso negócio.”
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Olho do dono
Nem sempre o casal acertou nos negócios. Antes da Polar Shake, adentraram o mercado de franchising norte-americano através de uma loja de chá no final de 2019. Tratava-se de uma marca que Fernando estava trabalhando na expansão no Brasil.
Devido à pandemia, Fernando e Silvania retornaram a São Paulo no fim de 2020 e começaram a tocar a empresa a distância. Nas palavras de Silvania, “o boi não engorda longe do olho do dono, não tem jeito”, e o negócio não prosperou. “Mas a gente sempre ficou com aquela coisa de que havia grandes oportunidades nos Estados Unidos.”
E ela veio com a Polar Shake em fevereiro do ano passado, na Flórida. Se este ano o foco é ter a rede em expansão tanto nos EUA quanto no Brasil, para 2026 o foco é globalizar a marca para os mercados canadense e europeu. “Estamos tendo uma procura bem legal”, disse.
Para ter uma franquia da Polar Shake nos EUA, o investimento inicial é de US$ 125 mil, com payback em até 30 meses e rentabilidade média de 20% a 25%. No Brasil, o investimento inicial está a partir de R$ 220 mil, com payback estimado de 24 a 30 meses e rentabilidade média de 15% a 22%.
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