A varejista sueca H&M inaugurou neste sábado (23) sua primeira loja no Brasil, localizada no Shopping Iguatemi, na avenida Faria Lima, em São Paulo. A unidade, com cerca de 1.000 m², marca a estreia da marca de fast-fashion no país após mais de dez anos de negociações.
Além da loja física, a empresa lançou também seu e-commerce, parte da estratégia para disputar espaço com concorrentes como Zara, Renner e Riachuelo, oferecendo produtos de qualidade a preços competitivos.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil – licenciado exclusivo CNBC, o CEO Global da marca, Daniel Ervér, que veio da Suécia para a inauguração, disse que fazia tempo que estava planejando abrir operações no Brasil. “Estamos muito felizes, estudamos muito o mercado brasileiro, inclusive trabalhando com fornecedores locais”, afirma.
Segunda tentativa de operar no Brasil
A primeira tentativa de entrada no mercado do Brasil foi em 2014, mas a marca desistiu e priorizou outros mercados na América Latina. No México, por exemplo, começou com lojas em 2012. Em seguida foi a vez do Chile, em 2013, hoje com 30 lojas. Peru (2015) e Uruguai (2018), também já contam com lojas próprias da H&M.
Na operação do Brasil, a marca está trabalhando com fornecedores locais de sapatos e moda praia e planeja expandir o uso de produção local, sobretudo jeans. “O Brasil é um país muito grande, diverso e com certeza queremos atender todos os locais”, conta Joaquim Pereira, Country Manager da marca no Brasil.
Além da loja do shopping Iguatemi, dia 4 de setembro uma loja maior – de 2.500 m² – será inaugurada no shopping Anália Franco e até o final do ano serão no shopping Morumbi e no Parque D. Pedro, em Campinas, no interior de São Paulo.
Para sustentar a operação, a H&M inaugurou um centro de distribuição em Extrema (MG), responsável por abastecer as lojas físicas e o comércio eletrônico. Segundo a empresa, nunca antes em sua história foram abertas quatro lojas em apenas três meses, o que evidencia a dimensão da aposta no consumidor brasileiro.
Início das comemorações
Na quarta-feira (20), a H&M promoveu um festival exclusivo no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, para marcar a chegada ao mercado brasileiro. O evento reuniu artistas como Anitta, Gilberto Gil, Agnes Nunes e a sul-africana Tyla, além de um espetáculo de drones. A supermodelo Naomi Campbell esteve presente na área VIP, reforçando o tom aspiracional da marca.
Presença global da H&M
A H&M está presente em mais de 79 mercados ao redor do mundo, com forte atuação na Europa, onde concentra o maior número de lojas. Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido também figuram entre os principais mercados, enquanto Ásia e Américas reforçam a presença internacional da varejista.
Além da marca principal, o grupo controla outras bandeiras de moda, como COS, & Other Stories, Monki, Weekday e ARKET, cada uma com identidade própria e alcance global. Essa diversificação contribui para ampliar a competitividade da empresa no setor de fast-fashion.
Faturamento e dados financeiros
O relatório anual de 2024 da H&M aponta que a receita líquida do grupo foi de 234,478 milhões de coroas suecas (SEK), o que representa um crescimento de 1% em moedas locais em relação ao ano anterior. Em 2023, a companhia havia registrado 236,035 milhões de coroas suecas, uma alta de 6% frente a 2022 — ou 8% quando desconsideradas as operações na Rússia e em Belarus.
Atualmente, cerca de 30% das vendas globais têm origem no comércio online, reforçando a importância da integração digital no modelo de negócios. O desempenho positivo de todas as marcas do grupo evidencia não apenas a força da H&M, mas também a relevância da diversificação como estratégia de crescimento sustentável.
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